Marina Sarruf
São Paulo – O empresário jordaniano, Oudeh Aklouk, diretor-geral do grupo Aklouk Cousins Co., importador e distribuidor de autopeças de Amã, capital da Jordânia, disse que está interessado em importar US$ 20 milhões por ano de produtos brasileiros, principalmente autopeças. Aklouk integra a missão comercial de cinco países árabes que está em São Paulo e participou das rodadas de negócios promovidas pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB), segunda-feira e ontem (15) no hotel Renaissance.
"O Brasil está se tornando um país muito forte no setor automobilístico", afirmou ele. Além das autopeças, o empresário procura fornecedores de máquinas industriais, ferramentas elétricas, como furadeiras e serras, baterias para motores e madeiras.
De acordo com ele, o grupo Aklouk Cousins Co., é formado por seis empresas do setor de autopeças e uma de vidros, foi fundado em 1951 e hoje possui cinco lojas de 2,5 mil metros quadrados na Jordânia.
Outro interesse de Aklouk é a formação de joint-ventures com empresários brasileiros. "O governo da Jordânia está muito interessado em atrair investimentos estrangeiros para o país", disse. Segundo ele, além do setor de autopeças, existem oportunidades nos segmentos de cosméticos, alimentos, têxtil e farmacêutico.
O também jordaniano Harbi Arafat, gerente-geral da Saudi Stucture Cont. Co., sediada em Jeddah, na Arábia Saudita, veio ao Brasil em busca de material de construção, como granito, cerâmica, portas, pedras naturais, entre outros. "Já importamos do Brasil através dos Estados Unidos e Itália. Viemos aqui para tentar importar diretamente", disse Arafat, que fez cerca de 35 contatos nas rodadas de negócios. "Estou muito contente com os produtos que eu vi. Agora vamos analisar para depois fechar negócios", afirmou.
Brasileiros
Já Waclaw Wawelberg, diretor comercial da Cotia Trading, uma das maiores do Brasil, foi para as rodadas de negócios em busca de novos mercados, notadamente Jordânia e Iêmen. "Nosso foco principal é exportação de carne bovina e de frango", disse. Segundo Wawelberg, a empresa já exporta para o Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e quer entrar também no mercado do Kuwait.
Para Mauro Tcacenco Júnior, representante de vendas da empresa gaúcha Oderich, sediada em São Sebastião do Caí, a rodada de negócios foi produtiva. "Há grandes possibilidades de negócios com uma empresa do Iêmen (Al Saeed Trading Co.)", afirmou. A Oderich é especializada na produção de alimentos enlatados, como frutas, carnes, molhos e condimentos.
A empresa exporta para mais de 10 países, entre eles estão Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Argélia. Segundo Tcacenco Júnior, a Oderich exporta, aproximadamente, 100% de sua produção de carne enlatada para os países árabes. "Os rótulos das latas já são escritos em árabes", disse.
Iraque
Dois empresários do Iraque, das tradings Al Samarrie Group e Karm Contracting, não puderam comparecer às rodadas mas, segundo informações da CCAB, eles estarão hoje pela manhã no hotel Renaissance, em São Paulo (veja contato abaixo). No total, a CCAB estima que 250 empresários brasileiros compareceram aos dois dias do evento.
Contato
Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB)
Setor de marketing
Tel: +55 (11) 3283-4066
e-mail: marketing@ccab.org.br