Santiago – A pauta de exportações brasileira tem predominância de produtos básicos. Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), de janeiro a agosto a soja respondeu por 33% do valor exportado, seguida pelos óleos brutos de petróleo, com 19,56%, e pelo minério de ferro, com 15,96%. Itens manufaturados tiveram presença bem menor, como os automóveis de passageiros, que no mesmo período responderam por 6,71% das vendas externas.
Há um esforço no sentido de mudar essa realidade. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) atua através do Programa de Capacitação para Exportação (PEIEX) capacitando empresários para exportar produtos de maior valor agregado.
Além disso, articula o contato com clientes em potencial, como está ocorrendo esta semana durante a LAC Flavors – feira de bebidas e alimentos promovida no Chile pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Uma missão organizada pela Apex levou 62 empresários brasileiros para participar de rodadas de negócios e expor seus produtos no evento.
Segundo Márcia Nejaim, diretora de Negócios da Apex, apesar de os produtos básicos ainda serem o destaque da pauta de exportações brasileiras, o País tem conseguido ocupar espaços com seus produtos industrializados. “Se você a olhar a pauta para a Argentina, é muito valor agregado. Para os Estados Unidos também. É verdade que o Brasil é um dos países mais competitivos no agronegócio. Mas é importante investir também nas empresas com manufaturados, tecnologia.”