Marina Sarruf
São Paulo – A maioria das empresas brasileiras presentes na 13ª edição da Jewellery Arabia, que começou terça-feira (05) no Bahrein e termina neste sábado (09), pretendem voltar à feira no ano que vem, segundo informou o analista de comércio exterior da Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB), Fadley Fattah, que participa do evento. Para a próxima edição, no entanto, as companhias pretendem desenvolver novas estratégias para aumentar ainda mais sua penetração no mercado árabe de jóias.
O mineiro Manoel Bernardes, por exemplo, dono da companhia de mesmo nome, notou que as mulheres árabes buscam cada vez mais jóias que estejam de acordo com as tendências da moda internacional.
"O que eu pude perceber é que todo mundo está buscando se globalizar na moda. Pensei que o ouro amarelo fosse ser mais procurado na feira. No entanto, todo mundo prefere mais o ouro branco", disse o empresário. De acordo com ele, o mercado árabe é muito diferente do norte-americano, nos aspectos culturais e na maneira de negociar.
Esta foi a primeira vez que a empresa participou de uma feira no Oriente Médio. Segundo Bernardes, os expositores brasileiros têm que apresentar a qualidade e o design das jóias num primeiro contato, para depois fechar negócio.
Na opinião do empresário, o diferencial do produto brasileiro está no design e não no preço. "Este ano estamos no mesmo patamar da Tailândia e de Hong Kong, mas queremos chegar a competir com as peças italianas e alemãs (países bem vistos no mercado internacional), mas sem perder o estilo brasileiro. Temos que aproveitar o estilo dos nossos produtos e mudar nossa participação no ano que vem", afirmou Bernardes.
Marketing
Outro ponto levantado pele empresário foi o marketing dos produtos. Ele acredita que para aumentar a participação no mercado árabe, é preciso buscar novos canais de distribuição, como agentes e representantes locais que possam promover o produto brasileiro durante o ano inteiro, e não apenas nos dias de feira.
"O Brasil causou uma ótima impressão. Os árabes ficaram surpresos com a originalidade e o design dos produtos. Agora a nossa expectativa é aumentar as vendas para o Oriente Médio e procurar novos pontos de vendas na região", afirmou.
Até sexta-feira (06) à tarde, a Manoel Bernardes já havia vendido 55 peças. "Queria ter vendido mais, mas já foi muito bom para começar", disse Bernardes. De acordo com ele, a participação na feira foi uma experiência positiva e, por isso, pretende voltar no próximo ano.