Brasília – Os Estados Unidos decidiram nesta quinta-feira (23) apoiar formalmente a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O anúncio oficial do apoio foi dado durante reunião do órgão em Paris.
Na capital francesa, o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, disse que o apoio norte-americano é a “principal peça que faltava para que nós possamos, no mais breve prazo, começarmos o processo de adesão à OCDE”.
O apoio dos EUA, segundo Araújo, é “importantíssimo nesse nosso caminho para nos tornarmos membros plenos da OCDE. Contávamos com isso desde a visita do presidente [Jair] Bolsonaro aos Estados Unidos. O presidente Trump já tinha garantido o seu apoio de maneira muito clara”.
Bloqueio
O Brasil entrou com pedido para entrar na OCDE em maio de 2017, mas o governo dos EUA vinha bloqueando o ingresso. O presidente norte-americano, Donald Trump, mudou de ideia quando Bolsonaro prometeu que, em troca do apoio, o Brasil iria abrir mão do tratamento especial dado a países em desenvolvimento na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Embora não seja um membro pleno, o Brasil integra 36 instâncias da instituição como associado, participante ou convidado, e aderiu a 26 recomendações e outros instrumentos da entidade, com quem mantém acordo de cooperação bilateral desde 2015.
A organização multilateral como sede em Paris tem atualmente 35 membros plenos. A instituição é um fórum de boas práticas na área econômica, e a visão no governo brasileiro hoje é que tornar-se sócio equivale a um “selo de qualidade” para a economia nacional.
*Com informações da redação da ANBA