São Paulo – As exportações de veículos fabricados no Brasil somaram 403,9 mil unidades em 2023, uma redução de 16% em relação aos 480,9 mil exportados em 2022, informou nesta quarta-feira (10) a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Nessa conta estão carros de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus.
No acumulado de 2023, houve também queda na produção de veículos: redução de 1,9% em comparação com 2022, para um total de 2,324 milhões de unidades (na imagem acima, embarque de veículos no Porto de Paranaguá, no Paraná).
Separadamente, a única categoria de veículos que exportou mais em 2023 ante 2022 foi a de comerciais leves. A expansão foi de 15,4%, para um volume acumulado de 73,8 mil. Entre os automóveis, ou carros de passeio, as vendas para o exterior caíram 20,2%, para 308,2 mil. Entre os caminhões, a queda foi de 32,9%, para 16,9 mil unidades e, entre os ônibus, a redução foi de 6,7%, para um total de 4.974 unidades.
O presidente da Anfavea, Márcio Lima, afirmou que houve crescimento nas exportações de automóveis para o México: alta de 51% sobre 2022, para 135,7 mil unidades. Pela primeira vez, o México superou a Argentina como principal destino das exportações do setor.
Lima observou, ainda, que há incertezas sobre a economia de países que são grandes parceiros do setor automotivo brasileiro, como Colômbia e Chile. “Não temos um cenário que nos aponte com clareza como será o comportamento das exportações em 2024, e a cada trimestre vamos avaliar”, disse o executivo. A expectativa, afirmou, é que as exportações para a Argentina em 2024 caiam entre 20% e 25% em relação a 2023, ano em que já foram 16% menores do que em 2022 e somaram 114,5 mil unidades. A previsão é de mais crescimento nas vendas para o México, país com o qual o Brasil tem acordos de exportação e importação, e para Chile e Colômbia, disse Lima.