São Paulo – As exportações brasileiras de veículos recuaram 31,5% em valores em setembro sobre igual mês do ano passado, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). As vendas geraram US$ 734 milhões no mês passado contra US$ 1 bilhão em setembro de 2017. No acumulado do ano, a exportação soma US$ 9,3 bilhões e caiu 2,4% em relação ao período de janeiro a setembro de 2017.
As vendas se referem a veículos leves (automóveis e comerciais leves), caminhões e ônibus. Em volume, a exportação brasileira ficou em 39.449 unidades em setembro e teve queda de 34,5% sobre mesmo mês de 2017. No acumulado dos nove primeiros meses do ano foram 524 mil veículos enviados ao exterior, o que significou recuo de 8% sobre mesmo período de 2017.
De acordo com informações publicadas pela Agência Brasil, com base em coletiva de imprensa da Anfavea nesta quinta-feira (04), a queda nos embarques para a Argentina foi a principal responsável pelo recuo na exportação. O país vive uma crise econômica severa, o que fez sua participação nas vendas brasileiras de veículos passar de 70% para 50%. Por conta disso, as montadoras estão buscando novos mercados, segundo a Anfavea informou aos jornalistas.
As exportações de máquinas agrícolas e rodoviárias também caíram em setembro, em 18,6% sobre igual mês de 2017, para US$ 256 milhões. Em volume, o Brasil exportou mil unidades de máquinas agrícolas e rodoviárias, a maior parte tratores. Houve queda de 23,6% na quantidade na mesma comparação.
A produção brasileira de autoveículos ficou em 223 mil unidades em setembro e caiu 6,3% sobre o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano até o mês passado foram fabricados 2,1 milhões de veículos e houve aumento de 10,5%. Deste total, 211 mil foram veículos leves, 9.115 foram caminhões e 2.250 foram ônibus.
Ao contrário da Argentina, um dos mercados onde a importação de veículos está aumentando é a Argélia, mas o Brasil não tem exportado para lá.