Da redação
São Paulo – As exportações brasileiras de petróleo e derivados renderam US$ 10,136 bilhões entre janeiro e setembro deste ano, um aumento de 56,4% em comparação com o mesmo período de 2005, segundo dados divulgados hoje (26) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
As importações do setor, por sua vez, chegaram a US$ 11,369 bilhões, um crescimento de 32% em relação aos primeiros nove meses do ano passado. Como as vendas externas aumentaram mais do que as compras, houve uma redução do déficit da balança comercial do petróleo, que caiu de US$ 2,12 bilhões no período de janeiro a setembro de 2005 para US$ 1,233 bilhão este ano.
O secretário-executivo do ministério, Armando Meziat, diz que as exportações petrolíferas devem continuar em alta, fazendo com que o déficit fique ainda menor. Este ano a Petrobras anunciou que o Brasil atingiu a auto-suficiência em petróleo, ou seja, que passou a produzir a mesma quantidade ou mais do que consome. Isto não significa, no entanto, que o país tenha deixado de comprar e vender a commodity no mercado externo.
Segundo o ministério, as exportações do setor entre janeiro e setembro ficaram divididas da seguinte maneira: US$ 5,1 bilhões em embarques de petróleo, US$ 3,1 bilhões em derivados e US$ 1,897 bilhão em consumo de bordo, ou seja, combustíveis e lubrificantes fornecidos no país para embarcações e aeronaves de linhas internacionais.
Entre janeiro e setembro, os embarques de petróleo e derivados responderam por pouco mais de 10% das exportações totais do Brasil, que chegaram a US$ 100,7 bilhões no período. Já as compras destes produtos representaram 17% das importações totais do país, que somaram US$ 66,7 milhões nos primeiros nove meses do ano.