Alexandre Rocha
São Paulo – Estabelecer contatos diretos nos países árabes e aumentar as exportações para a região está nos planos da Piloto, fabricante de autopeças de capital totalmente brasileiro, sediada em Cotia, na Grande São Paulo. "Vejo grandes possibilidades", disse à ANBA o presidente da empresa, José Luiz Cuono.
A companhia produz freios e componentes auxiliares para embreagens de veículos pesados e fornece principalmente para o mercado de peças de reposição. As peças podem ser utilizadas em caminhões e ônibus de marcas de origem européia, como Mercedes-Benz, Volvo, Scania e Volkswagen.
Embora a maior parte da produção seja destinada ao consumo interno, a Piloto exporta há mais de 30 anos e hoje fatura cerca de US$ 1,6 milhão por ano com embarques para outros países da América Latina, Europa, Ásia, Oriente Médio e África.
O emirado de Dubai está entre os principais destinos das exportações da empresa. No entanto, a maior parte dos produtos não é comercializada nos Emirados Árabes Unidos, mas sim reexportada para o Irã, o que mostra a vocação de Dubai como grande centro de distribuição de produtos.
A Piloto já exportou também para Jordânia, Iraque, Egito, Tunísia, Argélia e Marrocos. Os embarques para estes países, no entanto, são eventuais. Mas Cuono quer transformá-los em negócios regulares. A eliminação de intermediários é uma das estratégias.
"Os importadores árabes gostam de comprar diretamente da fábrica e não de intermediários. Eles querem tratar com quem decide", afirmou o empresário. "Queremos realmente aumentar nossa participação neste mercado e não apenas com negócios esporádicos, mas continuados e por muitos anos", acrescentou.
A Piloto foi fundada em 1953 pelo imigrante italiano Genaro Cuono, pai de José Luiz. Hoje o grupo conta com cinco fábricas e emprega cerca de 350 pessoas.
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