São Paulo – O fluxo mundial de investimentos estrangeiros diretos (IED) caiu 41% no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período do ano passado, para US$ 470 milhões, segundo o Monitor de Tendência de Investimentos, divulgado nesta segunda-feira (15) pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad).
Esse recuo, de acordo com a Unctad, foi fortemente influenciado pela repatriação de lucros de multinacionais norte-americanas, após reforma tributária nos Estados Unidos. Na foto acima, pregão na Bolsa de Valores de Nova York.
A queda, no entanto, contrasta com o volume de fusões e aquisições internacionais registrado no período e com os anúncios de investimentos futuros.
A publicação da Unctad informa que as fusões e aquisições movimentaram US$ 371 bilhões no primeiro semestre, valor semelhante ao dos seis primeiros meses de 2017, e os anúncios de novos investimentos totalizaram US$ 454 bilhões, um crescimento de 42% na mesma comparação.
A diminuição do fluxo no primeiro semestre ocorreu principalmente nos países desenvolvidos (-69%), sendo que nas nações em desenvolvimento ocorreu uma queda de apenas 4%. Nesse sentido, a participação das economias em desenvolvimento no fluxo mundial de IED chegou a 66%.
Na América Latina o total de investimentos caiu 6% no primeiro semestre, sendo que na América do Sul o Brasil registrou o maior recuo, de 22%. Mesmo assim, o País ficou na 9ª posição entre os maiores destinos de IED do mundo no período, com US$ 25,5 bilhões recebidos.
Entre os países árabes, destaque para o Egito, que recebeu um volume 24% maior de investimentos no primeiro semestre e foi o país que mais atraiu recursos na África. Destaque ainda para os Emirados Árabes Unidos, onde fusões e aquisições na indústria de petróleo e gás movimentaram US$ 6 bilhões.