São Paulo – A Tunísia poderá contrair no próximo ano um novo empréstimo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para apoiar o desenvolvimento da sua economia e a implantação de reformas. Técnicos do Fundo e autoridades locais se reuniram na capital, Túnis, entre o dia 09 e a última sexta-feira (18). Ao fim do encontro, o chefe da delegação do Fundo, Amine Mati, emitiu um comunicado sobre a atual situação da economia do país do Norte da África.
Segundo Mati, as autoridades da Tunísia estão comprometidas com a estabilidade econômica do país e estão adotando as medidas necessárias para promover o crescimento inclusivo da população em meio a um cenário global e regional “difícil”. Entre os avanços, o líder da delegação do FMI cita reformas estruturais aprovadas no Congresso, uma reforma no sistema de impostos e a recapitalização dos bancos estatais.
Apesar destas conquistas, Mati afirmou que a Tunísia tem uma “perspectiva econômica desafiadora”. Na avaliação do Fundo, a atividade econômica se enfraqueceu, o desemprego é elevado e o país continua vulnerável aos acontecimentos internacionais. Além disso, reformas nos setores bancários e fiscal continuam paradas. Mati afirmou, no comunicado, que o país tem um plano econômico a ser implantado nos próximos cinco anos que lhe permite atender as principais demandas, sobretudo gerar empregos rapidamente.
Ainda no seu comunicado, o Fundo observou que em 31 dezembro deste ano um acordo de empréstimo assinado em 2013 será encerrado. Esse financiamento envolveu o repasse do equivalente a US$ 1,61 bilhão à Tunísia. Apesar do fim deste acordo, o FMI afirmou que as autoridades locais demonstram interesse em assinar outro financiamento em breve. “Discussões sobre um novo acordo financeiro deverão ser realizadas no decorrer das próximas semanas”, afirmou o documento de Mati.