Alexandre Rocha
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São Paulo – O grupo jordaniano Munir Sukhtian, que atua em diversos ramos da indústria e serviços, quer entrar de cabeça no mercado brasileiro. Primeiro a empresa pretende introduzir no país cosméticos e itens de higiene pessoal que fabrica, para depois, caso os negócios se desenvolvam bem, partir para atuação em outros segmentos, inclusive com a realização de investimentos. As informações foram dadas ontem (27) à ANBA pelo presidente do conglomerado, Nidal Sukhtian, que está no Brasil em busca de parceiros comerciais.
"Precisamos de alguém que tenha capacidade para estocar e distribuir nossos produtos, mas não pode ser pequeno, pois queremos que tenha atuação no Brasil todo", disse Nidal, que está acompanhado de Diab Abu Ghosh, gerente regional da HTM Sukhtian, divisão do grupo responsável pelos produtos de higiene pessoal e para o lar. Ele visitaram ontem a sede da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo.
Para começar, a empresa pretende comercializar um gel para higienizar as mãos da linha HiGeen que, segundo Nidal, mata 99% dos germes. "Somos líderes nesta categoria de produtos, nenhuma outra empresa tem a variedade, as fragrâncias e quantidade de itens que dispomos", afirmou o empresário.
A idéia é fazer a promoção deste produto, verificar sua aceitação no mercado brasileiro, para depois introduzir outros itens orgânicos e naturais, como um creme para dores musculares a base de zátar, um antimicótico feito com o óleo da árvore de chá, um item a base de óleo de gergelim para o tratamento de queimaduras e um sabonete anti-séptico.
Nidal acredita que seus produtos terão boa aceitação no Brasil, pois já teve experiências positivas em outros mercados, como Hungria, Romênia, Grécia, França, Alemanha, Holanda, Suécia, Líbano, entre outros. "O Líbano, por exemplo, é um mercado muito difícil, eles são muito exigentes, pois têm acesso a mercadorias do mundo todo e são comerciantes natos", declarou.
Investimentos
O empresário crê também que, com um bom trabalho de marketing, o faturamento com as vendas para o Brasil pode ficar entre US$ 5 milhões e US$ 6 milhões no primeiro ano. "Será o primeiro passo e, se tivermos sucesso, temos outras idéias, como fabricar e fazer investimentos aqui", disse.
Nidal imagina formar uma joint-venture com uma empresa brasileira para fabricar produtos farmacêuticos. Sua empresa já mantém indústrias do gênero na Jordânia, Palestina, Arábia Saudita, Argélia e está construindo uma quinta no Cazaquistão. O empresário decidiu vir ao Brasil após conhecer os serviços da Câmara Árabe, que trabalha para aproximar empresários árabes e brasileiros. O gerente Diab Abu Gosh já havia visitado a entidade em abril. "Vim por causa desta organização, por saber que tem alguém aqui que pode nos ajudar nos negócios", afirmou Nidal.
Etanol
Ele tem interesse também em importar e promover o uso do etanol na Jordânia. De acordo com o empresário, o governo do país está discutindo a mistura de 10% de álcool como carburante na gasolina. "Quero importar algo como 150 mil litros por dia e manter estoques para três meses", afirmou.
Isto será feito por uma outra empresa do grupo, a Petrojd Engineering, que presta serviços para as indústrias petrolífera, química e petroquímica. A Sukhtian, segundo Nidal, já tem uma fábrica de álcool na Jordânia, produzido a partir de melado de tâmaras e que é utilizado na fabricação de bebidas. "Mas é uma fábrica pequena, produzimos somente 10 mil litros por dia", disse.
Caso o combustível venha a ser adotado no país, ele planeja construir uma planta de maior porte, importar matéria-prima do Brasil e usar os resíduos da produção na fabricação de ração animal e adubos.
Nidal tem também interesse em prospectar outro ramo em que seu grupo trabalha, que é o de tecnologias da informação e comunicação. Sob o nome de Nour Comunications, a companhia atua na construção e operação de redes de telefonia celular GSM e de transmissão de dados. Nesta seara, o conglomerado tem negócios na Arábia Saudita, Bangladesh, Argélia, Sudão e Egito.
O grupo atua também na produção e comercialização de implementos e insumos agrícolas, como equipamentos para irrigação, estufas, sementes, fertilizantes e pesticidas. Ao todo, segundo Nidal, a companhia tem algum tipo de negócio em 50 países.
De acordo com ele, o grupo tem um faturamento anual de US$ 370 milhões e emprega 5 mil pessoas. Criada pelo avô e pelo pai de Nidal, a empresa foi fundada na Palestina em 1933 como uma indústria farmacêutica.
Contatos
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E-mail: nidal@sukhtian.com.jo
Site: www.sukhtian.com
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E-mail: export3@sukhtian-htm.com
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