Rio de Janeiro – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (11) seu segundo prognóstico para a safra de 2019 de cereais, leguminosas e oleaginosas. A produção deve ficar em 231,1 milhões de toneladas, 1,7% a mais do que em 2018. Já a área a ser colhida deve ficar em 62 milhões de hectares, 1,9% maior do que neste ano, segundo o IBGE.
Caso a estimativa se confirme, essa será a segunda maior colheita nacional de grãos desde que o IBGE começou a fazer a pesquisa em 1975. A safra recorde foi registrada em 2017: 240,6 milhões de toneladas.
Entre as principais safras de grãos são esperadas quedas nas lavouras de soja (0,2%), arroz (4,5%), primeira safra de milho (0,6%) e primeira safra de feijão (8%). São esperados crescimentos, no entanto, na segunda safra de milho (9,3%) e algodão herbáceo (5,5%).
Segundo o gerente da pesquisa, Carlos Antônio Barradas, em 2018, produtores de milho enfrentaram problemas climáticos em alguns dos principais estados. “Para 2019, aguarda-se uma janela de plantio maior para o milho, já que, em boa parte desses estados, as chuvas já chegaram, o que permitiu o plantio antecipado. Para o algodão, os preços favoráveis do produto devem incentivar investimentos nas lavouras e aumento da área plantada”, declarou.
Em 2018, a safra deve fechar com queda de 5,5% sobre 2017, em 227,3 milhões de toneladas. A previsão é 0,1% superior a feita pelo IBGE em outubro. A queda é puxada principalmente pelo milho (-17,8%), arroz (-5,6%), feijão (-9,8%) e sorgo (-5,4%). A soja, com uma alta de 2,6%, deve evitar uma queda mais acentuada, assim como o algodão herbáceo (28,6%) e o trigo (34%).