São Paulo – A Câmara de Comércio Árabe Brasileira lançou nesta quinta-feira (01) uma campanha para estimular a associação de empresas árabes. A iniciativa é inédita e tem a meta de associar 35 companhias do mundo árabe até o final do ano.
“A ideia principal é poder proporcionar às empresas árabes toda a capacitação, informação e networking para que elas consigam de fato entender as oportunidades no Brasil e, com isso, conseguirmos aumentar o fluxo de negócios”, disse Daniella Leite, gerente comercial da Câmara Árabe.
Segundo Leite, há um fluxo grande de comércio do Brasil para os países árabes, mas na contramão, nem tanto. “Queremos trabalhar na causa raiz tanto lá quanto aqui. É falta de capacitação lá, ou aqui [no Brasil] não conseguem enxergar a qualidade e a potencialidade dos produtos de lá? Queremos juntar o elo e formar um ciclo. Temos as empresas brasileiras aqui que capacitamos, procuramos, trabalhamos nessa desmistificação do mundo árabe trazendo todas as oportunidades, e agora queremos fazer isso lá também”, contou.
A gerente afirmou que sabe que o Brasil concorre com outros mercados no mundo árabe, porque muitos pensam que o País é distante e burocrático. “Mas é uma forma de trabalhar as duas pontas, e com isso atingir o nosso objetivo de longo prazo, que é fazer com que os países árabes se tornem o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, aumentar o fluxo de comércio e crescer dos dois lados”, declarou.
Ter empresas árabes como associadas, segundo Leite, vai criar um elo mais forte para gerar uma conexão com os brasileiros. “Porque aí vamos estar todos na mesma plataforma, se o cliente daqui quer alguma coisa de lá, possivelmente já teremos esse contato, que já conhece a Câmara, que já está associado; o objetivo principal é que o fluxo seja facilitado”, disse.
A princípio, pode se associar toda empresa árabe que tenha potencial de compra e/ou venda para o Brasil, sem setor prioritário. Leite informou os benefícios que o associado irá receber. “Dentro dessa associação, vai ter o selo da Câmara Árabe, que para eles pode ser bastante significativo, ter esse selo nos produtos. Além disso, os Boletins do Associado, com informações voltadas para os setores de maior interesse das empresas árabes associadas. Eles também poderão usar nossas salas por até quatro horas no trimestre, tanto em São Paulo quanto em Dubai, de forma gratuita, de acordo com a disponibilidade; o networking gerado com as empresas brasileiras; o Departamento de Relações Governamentais da câmara auxiliando em questões pontuais; eventos no Brasil e nos países árabes; ter a interação com as delegações brasileiras que passam pelos países árabes”, relatou. Além disso, haverá serviços de consultoria cobrados à parte.
Para os associados brasileiros, haverá o benefício de ter uma conexão mais direta com empresas árabes, todos juntos de forma mais integrada, em uma só plataforma. “É justamente essa interação maior com os árabes – a ideia é ter um ciclo -, então nós vamos passar a procurar associados árabes lá que tenham conexão com as empresas daqui e vice-versa, e vamos dar continuidade nisso, como se fosse um pós-venda, pra criar laços mesmo. Acho que este é um legado para a Câmara Árabe, vai nos ajudar a crescer”, pontuou Leite.
O secretário-geral da Câmara Árabe, Tamer Mansour, disse: “Este é o início de uma história que a Câmara Árabe está escrevendo, é algo que foi discutido na casa por muito tempo e agora estamos tirando do papel e colocando em prática. É algo que faremos com todo o prazer e com gosto, para ajudar as empresas árabes a se identificarem e concretizarem seus negócios de uma maneira mais efetiva. A Câmara Árabe representa o Brasil e os 22 países árabes e suas empresas, então é fundamental que tenhamos essa relação, ela precisa fazer parte da vida do empresário árabe”.
Para saber mais, entre em contato com os profissionais de relacionamento da Câmara Árabe.
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