Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira (3) que o crescimento de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre, na comparação com o terceiro trimestre, indica que a economia não está superaquecida. “No quarto trimestre crescemos 0,7%, com uma despesa pública negativa em 0,3%. Isso indica que economia não está superaquecida e que a poupança de 2011 crescerá mais do que a de 2010”, destacou o ministro.
No ano, o PIB teve expansão de 7,5%, na comparação com 2009, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “[O crescimento] de 7,5% é muito, mas é um momento excepcional por causa da crise, já estamos agora num patamar de 5% a 5,5%”, acrescentou Mantega.
Segundo o ministro, o resultado de 2010 coloca o Brasil entre os cinco países que mais cresceram no período, ficando atrás da China, da Índia, da Argentina e da Turquia. “Se considerarmos o PIB a preços de paridade e poder de compra, em conta ainda não oficial, a ser feita pelo FMI [Fundo Monetário Internacional] ou pelo Banco Mundial, atingimos um PIB de R$ 3,6 trilhões, o que nos coloca em sétimo lugar, superando a França e o Reino Unido”, disse, em entrevista coletiva para comentar os números divulgados pelo IBGE.
A presidenta Dilma Rousseff elogiou o crescimento de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e afirmou que para os próximos anos espera taxas em torno de 4,5% a 5%, números considerados por ela razoáveis e sustentáveis.
“Os 7,5% acho que devemos saudar, agora, vamos sempre procurar uma taxa bastante razoável de crescimento, de 4,5% a 5% que seja sustentável e permanente. Obviamente esperamos que o mundo não crie turbulências ou marolas”, disse. Para Dilma, a capacidade de crescimento do Brasil se explica pelos investimentos feitos. A presidenta também destacou a importância do controle da inflação para garantir o crescimento do país.
“Quando a gente investe se cria condições para que o país se expanda. Estamos fazendo agora uma consolidação fiscal, porque para nós o controle da inflação é umas das questões mais importantes. Não vamos deixar a inflação ficar fora de controle. Com um olho vamos olhar para a estabilidade e com o outro para a ampliação do investimento”.