São Paulo – A presidente Dilma Rousseff afirmou na abertura da 48ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul nesta sexta-feira (17), em Brasília, que o grupo de países sul-americanos vai avançar na relação com outros blocos econômicos. Dilma entregou a presidência do Mercosul ao Paraguai e ressaltou as ações feitas na sua gestão para negociações de acordos com demais partes do mundo.
Segundo informações divulgadas pela Presidência da República, Dilma afirmou que é importante buscar acordos comerciais fora da região e citou reuniões feitas com esse objetivo com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), o Líbano, a Tunísia, a Coreia e o Japão. “Apresentamos à Aliança do Pacífico proposta para aprofundamento do diálogo entre os dois blocos”, acrescentou.
De acordo com a presidente, os países do Mercosul trabalharam também no aperfeiçoamento da oferta do bloco para a União Europeia, com quem é negociado um acordo de livre comércio. “E definimos, com o lado europeu, o objetivo de proceder à troca de ofertas no último trimestre deste ano”, disse.
“Estou certa de que a busca por novos mercados continuará a ser prioridade do Mercosul durante a presidência pro tempore do Paraguai, que agora assume o bloco”, disse Dilma. Ela afirmou que o Mercosul seguirá comprometido em obter resultados concretos no mais breve prazo.
Dilma citou o Mercosul como uma ferramenta para superar efeitos da crise mundial sobre países da região. Segundo ela, o comércio intrarregional cresceu 12 vezes desde a criação do bloco, no mesmo período em que o comércio mundial multiplicou-se por cinco. “A crise tem se mostrado persistente. A recuperação das economias avançadas ainda é frágil e as perspectivas do crescimento global continuam incertas. Por essa razão muito de nossos países encontram-se empenhados em reformas domésticas”, disse Dilma em seu discurso.
A presidente do Brasil falou que o Mercosul seguirá empenhado em consolidar sua união aduaneira. Mas ela ressaltou que, devido às novas condições econômicas mundiais, as regras do Mercosul devem se manter flexíveis e reservar a cada Estado-parte espaço necessário para a adoção de políticas próprias adequadas às circunstâncias.