São Paulo – Quase metade das crianças que vive sob refúgio no mundo são da Síria e do Afeganistão. O dado relativo a 2015 faz parte de relatório publicado na quarta-feira (07) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
De acordo com o estudo, há quase 50 milhões de crianças e adolescentes que buscaram abrigo fora do seu país ou cidade de origem. Destas, 28 milhões deixaram suas casas em função de conflitos ou situação de violência.
Atualmente, uma em cada 200 crianças no mundo são refugiadas. Entre os anos 2005 e 2015, o número de pequenos em refúgio sob o mandato da Agência da ONU para Refugiados (Acnur) mais que duplicou.
O país que mais abriga refugiados e consequentemente também crianças nesta condição é a Turquia. No ano passado, o Acnur informa que em cada seis refugiados dos quais tinha registro, um morava na Turquia. Mas o Líbano e a Jordânia são responsáveis pela maior parcela de crianças refugiadas em proporção ao total da população. Atualmente, uma em cada cinco pessoas que vive no Líbano é refugiada.
O Unicef chama a atenção para a fragilidade dessas crianças e adolescentes, o trauma pelo qual passam em função da violência, os perigos que enfrentam no caminho ao buscar refúgio, como afogamento, desnutrição e desidratação, o risco de serem vítimas de tráfico, sequestro, violência sexual e assassinato. Nos países para os quais vão, frequentemente são vítimas de xenofobia e discriminação.
O organismo afirma que a proporção de crianças e adolescente vem crescendo entre refugiados. Elas cada vez mais cruzam fronteiras sozinhas. No ano passado, mais de 100 mil crianças não acompanhadas pediram asilo em 78 países, o triplo do número registrado em 2014.


