O Mar Morto, lago de água salgada entre a Jordânia e Israel, está morrendo. A informação é do jornal diário italiano La Repubblica. O nível da água baixou 35 metros nos últimos 100 anos e continua a baixar cerca de um metro por ano. Um dos motivos é que as águas do rio Jordão, o único que deságua no lago, têm sido, cada vez mais, aproveitadas para a irrigação. O resultado é que, no último ano, apenas 100 milhões de metros cúbicos de água do rio Jordão chegaram até o Mar Morto, contra 1,3 bilhões em 1910.
Obra conjunta
A solução proposta para salvar o Mar Morto é a construção de um aqueduto de 180 quilômetros, que transportaria 2 bilhões de metros cúbicos água do Mar Vermelho até o lago por ano. O projeto prevê ainda a produção de energia elétrica, por conta do desnível que será formado no transporte. A energia poderá ser usada para dessalinizar a água do Mar Vermelho e, desse modo, fornecer 850 milhões de metros cúbicos de água doce para Palestina, Jordânia e Israel. Seria o primeiro projeto comum entre palestinos, israelenses e jordanianos.
Ambientalistas
A proposta está na mesa dos analistas do Banco Mundial, aguardando aval econômico e ecológico. Ambientalistas sustentam que o projeto pode causar desequilíbrio ambiental nos dois locais: no Mar Morto, por aumentar a concentração de água salgada, e no Mar Vermelho, destruindo a barreira de corais do Golfo de Aqaba. Outro ponto contra: o aqueduto, da forma como está no projeto, passa por uma zona sísmica. Qualquer abalo poderia provocar seu rompimento e, consequentemente, um desastre na região. A decisão e a contraproposta virão em 2011.
E água do Nilo
No Norte da África, a questão da água também gera preocupação. Com seus 6.700 quilômetros, o rio Nilo atravessa dez nações do continente africano, entre elas Egito e Sudão. O último acordo sobre o uso das águas do Nilo, entre os países cortados pelo rio, data de 1959 e agora poderá ser revisto. O Egito é um dos mais beneficiados: usa 55 bilhões de metros cúbicos de água do Nilo por ano, principalmente para a agricultura. Com a revisão do acordo de cooperação, liderada por Etiópia, Uganda, Ruanda, Quênia, a gestão das águas do rio deverá ser revista e as decisões relacionadas ao seu uso tomadas em conjunto.
Acordo-quadro
O documento, ainda em forma de acordo-quadro, também prevê a criação de uma comissão permanente, composta por membros dos países interessados, que validará todas as questões relativas ao uso das águas do Nilo. Se o acordo for aprovado, os projetos de irrigação e a construção de novas barreiras hidrelétricas, por exemplo, não poderão mais serem decididos somente pelo governo do país interessado, mas sim por todas as dez nações cortadas pelo Nilo.
Ouro 24 horas
Uma nova invenção, desenvolvida pelo empreendedor alemão Thomas Geissler, está em fase de testes no luxuoso hotel Emirates Palace, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Trata-se da máquina instantânea de venda de ouro chamada de Gold to Go. A novidade promete facilitar a vida dos ilustres clientes do Emirates, que decidem investir no metal, quando, por exemplo, estão hospedados no hotel para uma viagem de negócios.
320 opções
A máquina aceita pagamento com cartão de crédito ou dinheiro, e funciona como as de refrigerante e salgadinhos. O cliente insere o pagamento e, em seguida, a máquina libera o produto solicitado. A Gold to Go oferece cerca de 320 artigos aos clientes – de moedas em ouro personalizadas a pequenos lingotes, de 10 gramas. O preço, é claro, depende da cotação do ouro no mercado internacional.