São Paulo – O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, visitou a Jordânia nos últimos dois dias e elogiou a maneira como o país tem lidado com adversidades como a instabilidade nos vizinhos Síria e Iraque e o intenso fluxo de refugiados.
“Esta situação pressiona a economia e afeta os níveis de comércio e investimentos”, disse Azevêdo, segundo nota divulgada nesta quinta-feira (03) pela OMC. “Confrontado com estes desafios, o governo está fazendo uma abordagem bastante positiva”, acrescentou.
O chefe da OMC lembrou que o rei jordaniano, Abdullah II, disse no mês passado que o país pretende transformar a situação atual numa “oportunidade de desenvolvimento” com a criação de empregos para cidadãos locais e refugiados. Ele destacou o avanço de reformas econômicas e comerciais mesmo num momento e crise.
“A OMC pode ser parceira nesta jornada, ajudar a sustentar o crescimento, os empregos e o desenvolvimento”, declarou Azevêdo.
Como fez no Catar no início da semana, o diplomata brasileiro defendeu a adoção de tratados negociados no âmbito da organização como ferramentas para incentivar o crescimento, por exemplo, o Acordo de Facilitação do Comércio e a versão ampliada do Acordo de Tecnologias da Informação. Ambos contêm medidas de liberalização do comércio internacional.
Ele destacou também o Acordo de Bens Ambientais, atualmente em negociação, “que pode ajudar nos planos de diversificação do setor de energia e impulsionar as fontes limpas no país”.
Azevêdo teve reuniões com a ministra da Indústria, Comércio e Abastecimento, Maha Ali, com o ministro das Finanças, Omar Malhas, e com representantes da iniciativa privada e de outros órgãos do governo jordaniano.