Débora Rubin
São Paulo – Uma pequena empresa familiar da cidade de Gondomar, Portugal, quer ganhar o mercado árabe. E, de preferência, via Brasil. A LSM Gold, especializada em ourivesaria, quer vender suas pulseiras, gargantilhas, anéis e colares artesanais também para os brasileiros, mas acredita no potencial do mercado árabe. "Sabemos que eles gostam muito de ouro. Mas queremos usar o Brasil como ponte por causa das boas relações que tem com os países árabes", diz Helder Silva, gerente da empresa.
A LSM Gold foi criada em 1967 pelo sogro de Silva, que se chama Lucindo da Silva Marques (daí LSM). A regra na oficina dos Silva é fazer com o ouro tudo o que uma máquina é incapaz de fazer. O trabalho artesanal é tradição – e a principal atividade econômica – em Gondomar, na região do Porto. Com 170 mil habitantes, a cidade fica à beira do rio Douro (como se pode ver, tudo ali remete ao ouro).
A cidadela responde por 60% da produção de artigos de ouro de Portugal. Não à toa é chamada de "Capital da Ourivesaria" ou de a "Terra do Ouro". A tradição, dizem os moradores, existe desde os tempos em que os romanos dominavam aquelas terras.
A LSM Gold tem apenas sete funcionários, todos artesãos. "Existe em Gondomar uma escola onde se aprende a arte da ourivesaria", explica Helder. As peças são idealizadas pelo próprio Helder, que além de gerente, ataca de designer e artesão. Uma das técnicas utilizadas ali é a da filigrana, técnica secular que consiste em fazer peças com fios de ouro, delicadamente entrelaçados.
Além mar
A empresa não possui loja própria e vende, em sua maioria, para lojistas e revendedores. Hoje, as peças da LSM Gold já chegam aos Estados Unidos, Angola e Guiné Bissau. Agora Helder está em negociações com compradores brasileiros. "Portugal é um país pequeno. E aqui em Gondomar a concorrência é grande. O mercado está difícil, precisamos expandir as exportações", explica.
Contato
helder.silva-113@clix.pt
Saiba mais
www.gondomaronline.com