Agência Sebrae
Belo Horizonte – Os empresários do pólo moveleiro de Ubá, no estado de Minas Gerais, pretendem contabilizar R$ 3,7 milhões em vendas neste ano. O volume, quase 10% superior ao de 2006, é uma das metas estabelecidas por empresários da região. Em uma pesquisa realizada entre junho e julho deste ano, 94 empresários da região disseram que também pretendem criar mais 200 postos de trabalho no setor e ampliar de 48 mil para 49,4 mil a carteira de clientes ativos.
A pesquisa é uma das ações do Projeto Móveis de Ubá, apoiado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em Minas Gerais, Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Marcenaria de Ubá (Intersind) e instituições parceiras. O trabalho abrange ações de capacitação gerencial e técnica, aprimoramento dos produtos, sustentabilidade e acesso a mercados.
Em setembro, oito empresários de Ubá visitaram a China em uma missão organizada pelo Sebrae/MG. "Temos que saber quem é nosso concorrente para nos planejarmos", frisa o presidente do Intersind, Rogério Gazolla. O grupo esteve na Furniture – 13ª Feira Internacional de Móveis, em Xangai, a maior cidade do país. E também conheceram pólos moveleiros na província de Cantão, sudeste da China, centros comerciais, fábricas de componentes e de matéria-prima.
Os empresários acreditam que a estratégia de desenvolvimento do pólo moveleiro de Ubá está no caminho correto. Eles irão concentrar investimentos em design, no reflorestamento da região, base para a indústria de aglomerado que deve ficar pronta em 10 anos, e na construção da unidade de tratamento de resíduos do pólo.
O presidente do Intersind pondera que o cenário internacional é favorável ao Brasil. "O crescimento da China dura no máximo 10 anos", avalia. As indústrias nacionais, segundo ele, têm vantagens competitivas como o tempo de corte da madeira. Enquanto na China esse prazo é de 60 anos, no Brasil gira em torno de 15. "Estamos investindo no tratamento de resíduos da produção, o que funciona como um cartão de visitas em mercados como Europa e Estados Unidos", afirma Gazolla.