São Paulo – Azeite, azeitona, molhos diversos, macarrão, cuscuz. A área reservada ao Marrocos no estande da Câmara de Comércio Árabe Brasileira esteve bem movimentada nesta quarta-feira (03), segundo dia da Apas Show, feira organizada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) no Expo Center Norte, em São Paulo, aberta até a sexta-feira (05).
Embora nenhum negócio tenha sido concretizado, a receptividade dos brasileiros aos produtos trazidos do Marrocos deixou os empresários árabes entusiasmados. Entre uma reunião e outra, Heuda Guessous, gerente de vendas e marketing da Sicopa, que representa as marcas Le Pepper Red e Alia, contou à reportagem da ANBA que o balanço é positivo para uma primeira participação.
“Nós não estamos esperando fechar nenhum acordo. O foco é prospectar clientes e identificar o potencial que os produtos marroquinos têm no mercado brasileiro”, disse a executiva, que expõe azeitonas verdes e pretas, alcaparras e molhos de pimenta.
A Sicopa chegou a exportar para o Brasil, mas as atividades foram interrompidas há cerca de dez anos, segundo Guessous. “É um mercado de 200 milhões de pessoas. Esperamos voltar a mandar os produtos ao País”, explicou, acrescentando que ainda existem outros produtos das suas marcas que, embora não estejam expostos, podem ser importados, como molhos de tomate e cuscuz. “Procuramos importadores e distribuidores. Tivemos reuniões com representantes de supermercados, que mostraram bastante interesse em oferecer nossos produtos em suas lojas”, contou.
Jamila Aitakka, diretora de desenvolvimento internacional da Aicha, busca parceiros e distribuidores para os produtos da marca, uma das mais conhecidas do Marrocos. “Somos a número um em molho de tomates e a maior exportadora de azeite do país”, contou.
Pela primeira vez na Apas Show e no Brasil, a companhia expõe, além desses dois produtos, azeitonas e diversos molhos e conservas. O objetivo, segundo Aitakka, é abrir um novo mercado para a Aicha.
“Estou muito feliz com a receptividade. Nessa primeira participação podemos fechar um acordo e começar a exportar para o Brasil”, disse, admitindo que o foco, também, são os outros mercados da América do Sul. “Já exportamos para Estados Unidos, Canadá, norte da África, Oriente Médio e agora queremos alcançar uma nova região”, explicou.