São Paulo – Empresários brasileiros e jordanianos que participam da rodada de negócios realizada nesta sexta-feira (24) pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo, saíram do encontro com negócios encaminhados. A companhia Global Carpet & Rug, fabricante de carpetes e tapetes da Jordânia, recebeu pelo menos quatro empresas interessadas em importar seus produtos. “Acho que vai sair negócio”, afirmou o gerente-geral Muhyeddin Al-jamal.
O empresário vai mandar catálogos às empresas brasileiras para depois negociar a venda. “Nosso preço é muito competitivo”, disse Al-jamal, que recebeu empresários que já compravam tapetes da Arábia Saudita e agora procuram novos fabricantes. Segundo o jordaniano, os tapetes e carpetes da empresa são produzidos em algodão, polipropileno e juta. “O algodão e a juta importamos da Índia”, disse.
A Global Carpet & Rug, fundada em 1992, com sede em Amã, capital, exporta cerca de 30% da sua produção. Os principais destinos são Estados Unidos, Guatemala, Venezuela e Porto Rico. Com uma produção de 2,5 milhões de metros quadrados por ano, a companhia quer conquistar os países da América do Sul. Além de importadores, Al-jamal fez contatos com exportadores brasileiros de algodão. “Fiquei bem interessado”, disse.
Outra empresa que acredita na possibilidade de negócios é a Jung Consult do Brasil (JCB), fabricante de produtos naturais. O representante de comércio exterior da companhia, Gerson Buss, ofereceu Aloe Vera, matéria-prima utilizada em cosméticos, para o grupo Munir Sukhtian, fabricante de cosméticos. “Estou quase certo que vai sair negócio”, disse Buss.
Segundo ele, o empresário jordaniano Nidal Sukhtian disse que o importante é a qualidade do produto. “E isso nós temos”, acrescentou Buss. A JCB ainda não exporta para o mercado árabe, mas já está presente em diversos países da Europa, principalmente Alemanha e Itália. Do total da produção da empresa, quase 100% é exportada.
Mais uma empresa brasileira que acredita que vai fechar negócios é a Zavuz, de tecnologia da informação. O diretor, Rogério Vieira Brito, mostrou um carrinho portátil que dá acesso à internet. “Nós desenvolvemos no Brasil e patenteamos o produto”, disse ele.
O empresário jordaniano Osama Qutaishat, da Universal Labs, fabricante de cosméticos, recebeu dois potenciais compradores para os seus produtos, que são feitos com matérias-primas do Mar Morto. “Já exportei para o Brasil e agora quero voltar. Sei que é difícil, mas gosto de desafios”, afirmou ele, que procura um novo distribuidor.
No total, mais de 30 empresas brasileiras participaram da rodada com 11 companhias da Jordânia. Além das indústrias, também estavam presentes diversas agências de viagens do país árabe que trabalham com pacotes para o país.