São Paulo – A Síria tem 13,5 milhões de pessoas que precisam de assistência ou proteção humanitária, de acordo com informações divulgadas pelas Nações Unidas. O chefe do Escritório da ONU de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), Stephen O’Brien, chamou a atenção, nesta terça-feira (27), para o agravamento do conflito no país e o número crescente de deslocados internos.
De acordo com o Ocha, houve aumento de 1,2 milhão no número de pessoas que precisa de ajuda apenas em dez meses. Desde o começo de outubro, 120 mil pessoas foram forçadas a se deslocar no norte do país por causa de bombardeios aéreos e ofensivas por terra. Neste ano já são 1,2 milhão de deslocados internos.
Foram registrados ataques a cinco hospitais nas províncias de Hama, Aleppo e Idleb, segundo a ONU. O’Brien destaca tanto a piora da situação desde o começo do ano quanto o recrudescimento das tensões neste mês de outubro. “Ataques indiscriminados a áreas habitadas por civis continuam com impunidade”, disse.
Apesar da situação, as Nações Unidas informam que apenas 23 das 85 solicitações de passagem de comboios com provisões da organização para a população foram aceitas pelo governo sírio. Menos da metade das missões liberadas foram realizadas, devido à falta de garantias de segurança pelas autoridades sírias ou por grupos armados de oposição, diz a ONU.