A indústria brasileira de calçados tem esperança de reverter tarifaço nas vendas aos Estados Unidos, mas, paralelamente, busca novos mercados para escoar produção.
Abicalçados
Mostra que acontece na capital paulista em novembro já tem importadores credenciados de 21 países, entre eles da Tunísia. Feira deve ser canal para indústria diversificar mercados, diante de tarifaço dos Estados Unidos.
BFSHOW recebeu importadores de quatro países árabes para rodadas de negócios. Um dos compradores negociou calçados com marcas brasileiras para rede de 55 lojas sauditas.
Impulsionada pelas exportações, indústria brasileira de calçados aumentará sua produção para mais de 940 milhões de pares em 2025. Dados foram divulgados à imprensa na feira BFSHOW, em São Paulo.
Mostra ocorre entre segunda-feira (19) e quarta-feira (21) na cidade de São Paulo. São esperados 10 mil compradores, entre eles importadores da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Líbia e Kuwait.
Indústrias brasileiras exportaram 39 milhões de calçados no primeiro quadrimestre deste ano. Argentina, Estados Unidos e França foram os maiores compradores.
Programa da ApexBrasil e Abicalçados escolheu países nos quais fomentará a presença do calçado fabricado no Brasil durante o biênio 2026/2027. Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita estão no grupo.
País do Norte da África foi o 17º principal fornecedor em fevereiro, segundo levantamento da Abicalçados.
Representantes de empresas dos Emirados Árabes Unidos e do Kuwait estarão na BF Show, organizada pela Abicalçados, entre 11 e 13 de novembro.
Segundo Abicalçados, vendas brasileiras no primeiro quadrimestre recuaram 31,9% em receita; preço médio do par, no entanto, subiu.
Abicalçados projeta recuo nas exportações brasileiras de calçados neste ano. China volta com força ao mercado no pós-pandemia e aumenta as vendas para países árabes, América Latina e África.
Vendas de calçados brasileiros ao mercado internacional caíram 31,3% em volume e 22,8% em receita em janeiro e fevereiro. Concorrência com a China e situação econômica da Argentina, segundo maior mercado comprador, pesaram no desempenho.
Em comparação com 2022, houve redução de 10,8% em receita e de 16,6% em volume, segundo os dados da Abicalçados. Em dezembro, Líbia importou US$ 730 mil.
Indústrias brasileiras enviaram 102 milhões de pares ao exterior nos dez primeiros meses deste ano. Queda registrada reflete desaquecimento global e concorrência chinesa.
