São Paulo – A Tunísia deve adotar um modelo de desenvolvimento econômico baseado na abertura ao exterior e na diversificação de parceiros estrangeiros, de acordo com informação divulgada na última semana pelo ministro das Finanças do país árabe, Jalloul Ayed, ao participar de um fórum sobre economia no Maghreb.
De acordo com Ayed, o país continua limitado em relação à potencialidade econômica que possui, mas o atual governo já vem trabalhando para reverter isso com algumas ações, como a criação de fundos. A ideia é que estes fundos garantam investimentos em grandes projetos, principalmente na área de infraestrutura, segundo Ayed.
O economista tunisiano Ezzedine Saidane, que também falou durante o encontro, concordou com o ministro e disse que, de fato, o país precisa de um modelo econômico mais equitativo e com equilíbrio na relação com parceiros estrangeiros. Ele citou a necessidade de diversificação da cooperação internacional. Atualmente, de acordo com o especialista Saidane, 80% do comércio do país é com países europeus.
A Tunísia tem como principais itens de exportação produtos têxteis, agrícolas, mecânicos, fosfatos e químicos, hidrocarbonetos e equipamentos elétricos. Os maiores compradores no exterior são França, Itália e Alemanha. As importações, principalmente de têxteis, máquinas e equipamentos, hidrocarbonetos, produtos químicos e alimentos vêm dos mesmos parceiros.
As exportações do país árabe somaram US$ 16 bilhões em 2010 e as importações US$ 20 bilhões, segundo dados da Central Intelligence Agency (CIA). O Produto Interno Bruto (PIB) do país avançou 3,4% no ano passado, segundo a mesma fonte. O país árabe passou, recentemente, por protestos sociais e mudança de governo.