São Paulo – A Tunísia tem metas ambiciosas de ampliação do turismo, um dos principais setores da economia nacional. De acordo com informações do ministério da área, o país pretende atrair sete milhões de visitantes em 2013 e, com isso, movimentar US$ 3,8 bilhões. Se confirmados, os números representarão um retorno aos níveis anteriores à Primavera Árabe, registrados em 2010.
"Nosso objetivo é retomar os números de 2010 em 2013", disse o diretor do Departamento Nacional do Turismo Tunisiano (ONTT, na sigla em francês), Habib Ammar, à agência de notícias France Presse (AFP).
Com a revolta que pôs fim ao regime do ditador Zine El Abdine Ben Ali, o número de visitantes caiu para 4,8 milhões em 2011 e o faturamento do setor teve uma redução de 33% sobre 2010.
No primeiro semestre de 2012, segundo a agência de notícias Tunis Afrique Presse (TAP), o total de turistas chegou a 2,4 milhões, um aumento de 41% em comparação com o mesmo período do ano passado. O setor movimentou US$ 707 milhões.
Como a alta temporada ocorre agora, durante o verão no Hemisfério Norte, os tunisianos esperam um bom desempenho no segundo semestre, mas não o suficiente ainda para atingir o patamar de 2010, por causa da crise econômica na Europa.
Mas as metas da Tunísia vão adiante. O ministro do Turismo, Ilyès Fakhfakh, informou, de acordo com a TAP, que o governo elaborou um plano de longo prazo para promoção do setor.
Ele prevê que em 2016 o país vai receber 10 milhões de visitantes, que vão movimentar US$ 6 bilhões. Para 2020, o objetivo é atrair 20 milhões de turistas e gerar US$ 15 bilhões em faturamento, com a geração de 800 mil empregos. Hoje, segundo a AFP, o setor gera 400 mil postos de trabalho diretos e indiretos.