Cairo – O turismo médico movimenta cerca de US$ 40 bilhões por ano no continente africano, segundo estimativa divulgada pelo presidente da Associação de Empresários Egípcios-Africanos, Yousrey El-Sharkawi. Ele falou na 2ª Conferência Africana de Turismo Médico, realizada na cidade de Gammarth, na Tunísia, de 25 a 27 de novembro, com a participação de 20 países africanos, árabes e europeus. Na foto acima, sessão de talassoterapia na Tunísia.
El-Sharkawi disse que a conferência seria o início de um forte impulso do setor na Tunísia, ressaltando que se trata de um país que já possui história e experiência em turismo médico. Segundo ele, a Tunísia é um dos países que se destacam e têm forte competitividade a nível global na área. A edição deste ano da conferência chegou com grandes desafios, tanto no aspecto econômico, quanto da nova medicina e da saúde pública, que é a saúde pós-coronavírus. El-Sharkawi afirmou que o setor do turismo foi severamente afetado pela pandemia de covid-19.
A Associação de Empresários Egípcios-Africanos, tem escritórios em 15 países da África Oriental e Austral. El-Sharkawi lembrou que o Egito assumiu, na última semana, a liderança do Mercado Comum da África Oriental e Austral (Comesa), aliança que reúne 21 países, e disse que é chegado o momento de a África ter um papel relevante e decisório no setor de turismo médico.
“Estamos aqui para iniciar com a África uma nova página no turismo médico, desejando que todos os prestadores de serviços de saúde e terapêuticos se juntem ao programa, e também aos responsáveis pela conferência, a fim de nos unirmos por um novo começo e pelo futuro reservado ao continente africano, especialmente à luz das grandes potencialidades que os países do continente possuem e ao grande retorno do investimento neste setor”, falou.
El-Sharkawi destacou que a Tunísia e o Norte da África tiveram muitos anos e uma longa história com a União Europeia para desenvolver o turismo médico, sendo que os resultados não foram como deveriam ser. O caminho para a África deve começar por Tunísia, Egito, Marrocos, Quênia e África do Sul, segundo ele.
*Tradução do árabe de Georgette Merkhan