São Paulo – A comercialização de veículos novos no Brasil atingiu neste ano o melhor desempenho desde 2015, compensando em parte o fraco desempenho das exportações do setor. De janeiro a novembro, foram licenciados 2,3 milhões de unidades, ante 2,2 milhões no mesmo período de 2017, uma alta de 15%. Essa taxa superou a meta do setor, que era crescer 13,7%.
“Fomos surpreendidos por esse resultado e estamos vendo um consumidor interessado em comprar e condições favoráveis aos negócios, já que temos oferta de crédito e baixa inadimplência”, afirmou o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale.
De acordo com Megale, a crise na Argentina, para onde seguem 70% das encomendas externas, contribuiu para que as exportações estejam abaixo da meta para o ano, que inicialmente era de 700 mil unidades, agora reduzida para 650 mil.
No acumulado até novembro, as receitas com os embarques somaram US$ 13,8 bilhões, 5,2% a menos do que em igual período do ano passado.
Megale acrescentou que, enquanto não ocorre a retomada da economia argentina, as montadoras estão “fazendo um esforço” para explorar novos mercados. Estão sendo feitas negociações com o Chile e a Colômbia, e até com a Rússia, que mostrou interesse na compra de caminhões pesados.
De janeiro a novembro, foram produzidos 2,7 milhões de veículos no Brasil, com aumento de 8,8% sobre o mesmo período de 2017, e também o melhor resultado desde 2015.