Cairo – O governo egípcio colocará em vigor em setembro um novo pacote social para aliviar os graves efeitos da crise global sobre os cidadãos do país, especialmente os de menor renda. O presidente Abdel Fattah El Sisi aprovou pacote de 11 bilhões de libras egípcias, cerca de US$ 575 milhões.
O presidente El Sisi orientou a ampliação dos mecanismo de proteção social no Egito pelo governo, somando mais um milhão de famílias aos beneficiados do Programa Solidariedade e Dignidade para que a quantidade de favorecidos ultrapasse mais de 20 milhões de cidadãos.
Serão concedidas nos próximos seis meses ajudas excepcionais a nove milhões de famílias mais carentes do país, o que também incluirá quem recebe aposentadoria menor que 2.500 libras egípcias (US$ 130,5) e para funcionários da administração pública com salário inferior que 2.700 libras egípcias (US$ 140).
O presidente egípcio ordenou o aumento da segurança alimentar para famílias pobres, mães e crianças, através de expansão da oferta de pacotes de alimentos subsidiados pela metade do custo, totalizando dois milhões de unidades por mês.
No anúncio das medidas, o primeiro-ministro, Mostafa Madbouly, contou como será feita a implementação do plano e quem são os diferentes organismos e divisões do governo que vão colocá-lo em operação. Segundo a autoridade, a reserva estratégica de alimentos básicos está em nível satisfatório no país e é suficiente para seis meses. O trigo dá para sete meses.
Egito e FMI
O primeiro-ministro também contou que as negociações do Egito com o Fundo Monetário Internacional (FMI) continuam e que a instituição financeira não obriga o país a tomar qualquer medida que possa afetar o cidadão egípcio. Segundo Madbouly, o fundo deu as boas-vindas ao pacote de proteção social. O primeiro-ministro disse que não há um programa de reforma econômica que possa ser realizado com sucesso sem que seja acompanhado de um programa de proteção social.