São Paulo – Apaixonado por kebab, shawarma e faláfel, pratos típicos do Oriente Médio, o jornalista paulistano Claudio Schapochnik, o “Schapo”, 44, partilha sua experiências gastronômicas no Brasil e no mundo no blog Kebap e Falafel do Schapo: Paixões gastronômicas em variados ângulos. “Eu gosto para caramba destes pratos e queria contar as coisas que via, provava e fazer críticas”, disse ele à ANBA.
Schapo criou o blog em 2009 e escreve novos posts regularmente. Foram publicados 81 desde o lançamento. Neles, o jornalista coloca suas impressões sobre restaurantes, lanchonetes, quiosques e carrinhos de rua que servem as iguarias, comenta sobre a qualidade e quantidade dos ingredientes, temperos, molhos e preços, além de mostrar os personagens por trás dos balcões. Tudo repleto de imagens.
A paixão teve início durante uma vigem à Alemanha, em 1997, quando um amigo o levou para comer kebab em Dresden. O país recebeu um grande fluxo de imigrantes turcos no pós-guerra e o prato acabou se tornando muito popular por lá.
O kebab dos turcos é aquele enorme cilindro de carne bovina ou de frango, colocado num espeto giratório e assado na vertical, cortado em lascas na hora de comer. Pode ser consumido no prato ou no pão, acompanhado de vegetais. A versão sanduíche é conhecida no mundo árabe como shawarma. Entre os árabes, os espetinhos de carnes cortadas em cubinhos também são chamados de kebab.
“No Brasil não há a quantidade de casas que existem na Europa, Oriente Médio e Estados Unidos”, afirmou Schapo. No Brasil há uma versão popular conhecida como churrasco grego, muito comum em lanchonetes do centro de São Paulo, mas geralmente de qualidade duvidosa.
De uns tempos para cá, porém, bons estabelecimentos passaram a oferecer o lanche com ingredientes de primeira. “O brasileiro viaja muito ao Oriente Médio, Europa e EUA, e quando volta diz: ‘Vou comer [kebab e faláfel] aqui também’”, declarou.
Mas ele aponta diferenças: “Na Europa [o kebab] é uma autêntica fast-food, para comer em pé, mas no Brasil há a opção de comer em restaurantes, em lugares mais sofisticados”, destacou o jornalista.
A sofisticação, no entanto, não é um requisito e existem estabelecimentos simples que servem ótimas opções. São comuns, por exemplo, em Foz do Iguaçu, no Paraná, que concentra uma grande comunidade de origem árabe. Em São Paulo também.
O blogueiro afirma, porém, que os melhores kebabs ele comeu na Alemanha e na Turquia. Na Turquia, segundo ele, são servidas receitas tradicionais, sem inovações como os molhos e pimentas populares na Europa. Schapo já experimentou o quitute nos mais diferentes lugares, como em Tbilisi, capital da Geórgia. Lá, pela primeira vez ele provou o prato feito no espeto rotativo vertical assado na brasa, não em forno elétrico ou a gás. “É muito mais gostoso”, ressaltou.
Já no caso do faláfel, Schapo disse que foi no Brasil mesmo onde comeu os melhores. Assim como o kebab, os bolinhos fritos, que podem ser feitos de fava ou de grão de bico, conforme a região de origem, são servidos no prato ou no pão.
Kebab e faláfel são pratos populares em boa parte do Oriente Médio e Norte da África, em países árabes e não árabes. Por lá, Schapo, além da Turquia, o blogueiro já experimentou a iguaria na Jordânia, Israel e Palestina. “É uma comida boa, barata e que satisfaz”, conclui o especialista.
Serviço:
Kebap e Falafel do Schapo: Paixões gastronômicas em variados ângulos
http://kebapfalafelschapo.wordpress.com/
Contato do autor: schapo18@uol.com.br