São Paulo – O Banco Mundial revisou neste mês a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) egípcio para este ano, com crescimento de 3,5%. Segundo o site egípcio Al Ahram, em abril, a previsão da instituição era de um aumento de 2% no PIB. O valor, no entanto, segue menor do que os 5,6% de crescimento alcançados em 2019 pelo Egito.
Segundo o Banco Mundial, a nova previsão avalia um cenário no qual a pandemia persistirá até o início de 2021, com o impacto totalizando dois anos fiscais. O efeito mais grave é previsto para o ano fiscal de 2021. O aumento no PIB previsto para o próximo ano é de 2,3%, com provável recuperação em 2022.
O relatório mais recente do banco explica que a covid vem minando fontes externas de renda, interrompendo a consolidação fiscal do país árabe, que também enfrenta aumento do desemprego. Cerca de 2,7 milhões de empregos foram perdidos no país neste ano. As principais áreas afetadas foram os setores de varejo e venda, manufatura, turismo, transporte e construção, especialmente entre os trabalhadores informais.
Segundo o Banco Mundial, a atividade econômica egípcia desacelerou principalmente a partir da implementação de medidas de distanciamento social e da suspensão temporária do tráfego aéreo. Para responder à crise, o país adotou um pacote de emergências no valor de 100 bilhões de libras egípcias (1,7% do PIB). O investimento aumentou os gastos com saúde e os programas de proteção social, incluindo auxílio em dinheiro para trabalhadores informais e extensão dos programas de transferência de renda existentes.
A dívida do governo deverá subir de 90,2% do PIB no final do 2019 para 93,8% do PIB no final do 2020. No entanto, estima-se que o cancelamento pontual da dívida do governo com o Social Insurance Fund (SIF) deve reduzir a dívida pública para 87,4% do PIB no final deste ano.