Agência Brasil
Brasília – Até meados de 2005, o Brasil deve iniciar a exportação de carne bovina “in natura” para os Estados Unidos e abrir novos mercados para o produto brasileiro, sobretudo entre os países asiáticos. De acordo com o presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação Nacional da Agricultura, Antenor Nogueira, o sucesso das negociações com os Estados Unidos vai contribuir para a abertura de novos mercados que se baseiam nas análises sanitárias americanas para a importação de carne. É o caso do Japão, por exemplo, que só compra de países que exportam para os Estados Unidos.
O próximo passo, segundo Antenor Nogueira, será a derrubada das barreiras tarifárias que inviabilizam o acesso da carne brasileira aos chamados “tigres asiáticos”, atualmente os maiores compradores de carne do mundo. “Ainda existem barreiras que proíbem que o Brasil tenha acesso a esses mercados”, lamentou. Neste ano, o Brasil deve exportar 1,6 milhão de toneladas de carne bovina, com um faturamento acima de US$ 2 bilhões.
Nogueira explicou que, apesar de ser o maior exportador mundial de carne bovina, o Brasil ainda está fora de 60% do mercado consumidor internacional. “Exportamos para 104 países que representam 40% do mercado mundial. Ainda não participamos de 60% do mercado”. Ele garantiu que o Brasil tem os principias requisitos para conquistar novos mercados e triplicar sua participação no mercado – qualidade, pontualidade e reconhecimento internacional.
“Temos uma carne natural, praticamente orgânica. Uma carne feita em pastagens, sem antibiótico, sem hormônios e com maior segurança alimentar. E é isso que o consumidor mundial deseja”, ressaltou. O clima brasileiro, com períodos de chuva e de seca bem definidos, é outra vantagem para o gado nacional. “O clima contribui para que vários tipos de doenças, infecções e outras endemias não sejam considerados dentro do nosso território”, explicou Antenor Nogueira.