São Paulo – O Marrocos promove no próximo mês uma conferência da área de logística, que terá como um dos focos o Brasil. O encontro se chama Med Log, Conferência Mediterrânea de Logística, e tem como tema principal o comércio internacional de alimentos e a logística da refrigeração. O Brasil foi escolhido como foco dos debates do segundo dia da conferência – ela ocorre em 15 e 16 de abril – por ser um dos maiores produtores e exportadores de alimentos.
O primeiro dia de conferência terá como sede o Hotel Mövenpick, em Tânger, e o segundo ocorrerá no Porto Tânger Med, que organiza as atividades. De acordo com o ministro conselheiro da embaixada do Brasil em Rabat, Marcelo Viegas, o Marrocos tem interesse de aproximação com o Hemisfério Sul e escolheu o Brasil por ele ser um grande exportador mundial de alimentos e, portanto, referência no transporte de produtos refrigerados.
A palestra principal, do dia 16 de abril, será do ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos do Brasil, Pedro Brito. Também o diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando Antonio Brito Fialho, e empresários brasileiros das áreas de logística e exportação devem participar.
O Tânger Med, de acordo com Viegas, é uma porta de entrada de mercadorias não apenas para o Marrocos, mas também para o mercado europeu, Estados Unidos, países africanos e árabes, com os quais o Marrocos tem acordo de comércio.
Essa é a terceira edição da conferência, promovida pela Agência Especial Tânger Mediterrâneo. A agência é ligada ao governo do Marrocos e responsável pela administração do Tânger Med.
O último Med Log atraiu 400 pessoas do país árabe e exterior, de acordo com informações publicadas no site do encontro. Haverá, na conferência, além de palestras e debates, espaços para encontros de negócios entre os participantes e visita ao porto.
O Tânger Med fica a 40 quilômetros da cidade de Tânger e é o maior, em capacidade, do Mediterrâneo e África. Ele comporta, além da estrutura para exportação, zonas francas nas quais as empresas instaladas têm benefícios para exportar.
De acordo com Viegas, desde que com um percentual de nacionalização nos seus componentes, os produtos fabricados ali se beneficiam, por exemplo, dos acordos de comércio que o Marrocos tem com outros países. O porto começou a operar em 2007 e tem obras de expansão de grande porte previstas.