São Paulo – O Brasil ampliou o acordo aéreo que tem com o Egito. Segundo informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o texto de 2005 foi renegociado no início de julho deste ano por uma delegação brasileira que esteve no Cairo, chefiada pelo diretor da Anac Ronaldo Seroa da Motta, e pela autoridade egípcia de aviação civil.
O acordo renegociado aumentou de quatro para sete as freqüências autorizadas de vôos semanais. Essa autorização, de acordo com a Anac, vale para serviços mistos ou exclusivamente de carga e foi garantida maior flexibilidade às rotas.
Pelo texto, os vôos originários do Brasil podem pousar em quaisquer pontos no Egito e vice-versa, existindo ainda a possibilidade dos aviões operarem em pontos intermediários entre os dois países, desde que não realizem embarque e desembarque de passageiros nessas escalas.
Sempre segundo a Anac, foi mantida a cláusula do documento que permite convênios de código compartilhado (code-share) entre empresas aéreas dos dois países e também com companhias de outras nacionalidades – por exemplo, o código compartilhado entre uma empresa brasileira e uma européia que tenha vôos ao Egito.
Não existem até o momento rotas de passageiros diretas entre o Brasil e o Egito. A Anac informou, no entanto, que o tratado não obriga as empresas dos dois países a operar os vôos, apenas abre essa possibilidade caso haja demanda.
Mesmo sem vôos diretos, Brasil e Egito têm relação de longa data no setor aéreo. Na década de 80, por exemplo, a Embraer chegou a montar unidades do turboélice militar Tucano no país árabe. Mais recentemente, a companhia brasileira vendeu 12 jatos comerciais Embraer 170 à EgyptAir.