São Paulo – Os governos do Brasil e da Mauritânia assinaram, na última semana, um acordo de cooperação técnica. O documento foi firmado na sexta-feira (17) pelo ministro de Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, e o embaixador da Mauritânia no País, Kaba Alioua, em Brasília, para servir de base jurídica a ações de cooperação entre os dois países.
O governo brasileiro abriu, no começo do ano passado, a sua embaixada em Nouakchott, capital da Mauritânia, e promoveu uma missão ao país africano para identificar demandas da relação bilateral. A missão foi realizada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), com o Ministério da Pesca e da Aquicultura e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
De acordo com informações da ABC, na missão foi solicitada a cooperação brasileira na área de segurança alimentar, além de aquicultura e pesca. Em função disto, a UFPE vem desenhando um projeto de reforma institucional de escolas agrícolas da Mauritânia e o Ministério da Pesca delineia um projeto de criação de peixes em pequena escala. Esses projetos devem ser enviados, em breve, para aprovação da ABC e depois para o governo da Mauritânia.
O acordo assinado na última semana vai embasar esses e outros projetos similares. De acordo com informações da ABC, a cooperação técnica foi identificada, na embaixada, como uma das primeiras áreas necessárias para o fortalecimento das relações entre os dois países. A Mauritânia já tinha conhecimento de ações similares, por parte do Brasil, em outras nações africanas – já que a relação com a África é prioridade para o governo – e se interessou.
O Brasil e a Mauritânia mantêm relações comerciais, mas a corrente comercial entre os dois países não é muito expressiva. O Brasil teve receita de exportação de US$ 160 milhões com vendas para a Mauritânia no ano passado e o país árabe vendeu ao Brasil US$ 2,8 mil. Os produtos enviados pelo Brasil foram principalmente açúcar, arroz, ferro e carnes. O mercado brasileiro importou circuitos digitais da Mauritânia.