São Paulo – O Brasil está exportando feijão para os países árabes. De acordo com dados do Sistema de Comércio Exterior (Siscomex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o país enviou 2,3 mil toneladas de feijão em grãos para as nações árabes no primeiro semestre deste ano. No mesmo período do ano passado, haviam sido exportadas apenas quatro toneladas, de acordo com informações do Siscomex.
Em valores, a venda deste ano representou US$ 1,45 milhão. A receita é pequena, diante da produção brasileira no segmento, mas representa um crescimento sobre o mesmo período do ano passado, quando ela ficou em apenas US$ 2,5 mil. Quase toda exportação – US$ 1,44 milhão – foi feita no mês de junho. Os países árabes que compraram feijão do Brasil foram Egito e Emirados, sendo que o Egito comprou a maior parte – US$ 1,37 milhão.
Os estados brasileiros que exportaram feijão para os árabes foram Mato Grosso e Paraná. O estado do Mato Grosso respondeu pela maior parte. E as exportações devem continuar crescendo. No começo deste ano, principalmente entre os meses de junho e julho, o Departamento de Comércio Exterior da Câmara de Comércio Árabe Brasileira recebeu dois contatos de importadores árabes interessados em importar feijão do Brasil.
Neste caso, o que a entidade faz é fornecer uma lista de produtores brasileiros cadastrados. As empresas árabes que solicitaram informações foram a Elaatessam, uma trading do Egito, que entrou em contato neste mês, julho, e a World Trade Company – Mag, da Argélia, que manifestou o interesse no mês de junho. Segundo a coordenadora do departamento, Francisca Barros, a procura pelo produto é recente e não é usual.
O Brasil não é um grande exportador de feijão já que o consumo interno do produto é muito grande. O país, no entanto, vem aumentando a sua produção. Até o final da atual safra deverão ter sido plantados no país 1,44 milhão de hectares com feijão. O Brasil colhe três safras da cultura. A primeira teve aumento de 9,6% na áera e a segunda em 4%. A terceira deverá ter queda de 3%, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).