Rio de Janeiro – A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse nesta segunda-feira (02) que até 2035 o Brasil será o sexto maior produtor de petróleo do mundo, com uma participação de 6,1% na produção internacional. Ela informou que a previsão foi feita pela Agência Internacional de Energia, organismo internacional integrado por 29 países.
“Interessante é que tudo isso são previsões de analistas independentes, que têm seus próprios modelos”, acrescentou a dirigente, em palestra no 4º Seminário Sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira, promovido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), para analisar o modelo energético brasileiro com as perspectivas e desafios do setor.
Graça Foster informou que, em maio deste ano, na média, o pré-sal correspondeu a 22% do que foi produzido pela Petrobras no período, e alcança resultados crescentes. “No mês de abril, o Brasil produziu média de 411 mil barris/dia no pré-sal das bacias de Campos e Santos. No dia 11 de maio, bateu recorde na produção, com 470 mil barris/dia, e estamos muito próximos de fazer 500 mil barris /dia. Hoje, olhando 2010 e 2014, a produção no pré-sal cresceu dez vezes. Todos os dias temos incorporações e, algumas vezes no mês, temos feito várias interligações no pós-sal e no pré-sal, de tal forma que a gente tenha o crescimento da curva de produção”, explicou.
No acumulado até 2013, a Petrobras investiu no pré-sal US$ 20 bilhões em atividades de exploração e de produção. “Estamos em uma fase em que 52% das reservas do Brasil, considerando as reservas provadas e volumes potencialmente recuperáveis, são reservas no pré-sal. Vamos estar produzindo próximo a 4,2 milhões de barris de petróleo em 2020, grande parte no pré-sal, e, por isso, o investimento até 2018 vai acumular um investimento de US$102 bilhões. Esse investimento já está contratado e é compromisso de Petrobras”, revelou.
Os estudos indicam ainda que o quadro da matriz energética mundial, no período de 2011 a 2030, se manterá predominantemente fóssil, em que o petróleo estará firme como a fonte de energia mais consumida. “Em termos renováveis, tem um crescimento em especial de energias solar e eólica, mas, ainda assim, vai ter predomínio de petróleo em 2030”, informou Graça Foster.
A presidente defendeu ainda a necessidade de mais investimentos em produtividade na indústria naval. Ela acrescentou que 12 refinarias estão sendo construídas no Brasil e mais duas serão iniciadas. “Significa que teremos petróleo para atender à nossa demanda e ainda certamente o Brasil se tornará um exportador de petróleo”, completou.