São Paulo – A 1ª Capacitação em Boas Práticas e Bem-Estar Animal no Transporte Marítimo de Animais Vivos começou nesta segunda-feira (16) e vai até sexta-feira (20), no Teatro Municipal de São Sebastião, no litoral paulista. A diretora de Marketing e Estratégia da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Janine Bezerra de Menezes (na foto, a 1ª à direita), participou da mesa da cerimônia de abertura. O evento foi organizado pelo Ministério da Agricultura, em parceria com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários, Marinha do Brasil e Prefeitura de São Sebastião.
Em seu discurso, Menezes ressaltou a importância dos países árabes para o comércio de gado vivo. “Nos últimos cinco anos, esse segmento apresentou um crescimento anual médio de 6,2%, atingindo US$ 153,46 milhões em 2018”, informou. O valor é equivalente a 29% das exportações totais do Brasil no setor, ou seja, de tudo que o País exporta de gado vivo para o mundo, quase um terço tem como destino um país árabe.
O mundo árabe é o segundo maior destino de animais vivos do Brasil – gado e cavalos – perdendo apenas para a Turquia. Os principais países compradores são Egito, Líbano, Iraque e Jordânia.
“A própria expansão do segmento no Brasil está relacionada às necessidades de países como Líbano, cujo comércio tem se desenvolvido desde 2005. O Egito, atualmente principal comprador árabe de gado brasileiro, tem intensificado esse comércio desde 2009, sendo seguido por países como Jordânia e Iraque”, informou Menezes.
A diretora destacou a importância do Porto de São Sebastião, que hoje é a principal saída logística de gado vivo aos países árabes, com crescimento de 192% em 2018 no segmento de carga viva.
“Quando olhamos para a demanda árabe, percebemos que há ainda muitas oportunidades a serem exploradas. Se esses países são importantes importadores do boi brasileiro, temos apenas 13% da fatia de mercado. Temos condições de aumentar a expressividade de nossas exportações, bem como diversificar mercados”, afirmou Menezes.
O Brasil é um dos maiores exportadores de gado vivo do mundo. Segundo o Ministério da Economia, ano passado foram exportadas 810 mil cabeças de bovinos, um aumento de 102,2% no comparativo com 2017.
A Companhia Docas de São Sebastião afirma que o embarque de animais bovinos vivos é realizado em conformidade com as normas e procedimentos estabelecidos pelo Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). O órgão acompanha e fiscaliza todo o processo desde a quarentena do gado na fazenda, o transporte rodoviário e o embarque.