Isaura Daniel
São Paulo – Duas instituições de países árabes estão participando da Feira de Tecnologias do Futuro, que começou neste domingo (13) dentro da programação da 11ª Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). Na mostra haverá debates e exposições relacionados às áreas de energia, biotecnologia, nanotecnologia, matérias e informações tecnológicas e indústria aeroespacial.
O Centro de Desenvolvimento Ambiental e Regional da Universidade AlAkhawayn, do Marrocos, e o Centro Nacional de Pesquisa do Egito estão presentes na mostra. Além de empresas e entidades brasileiras, há participantes da Colômbia, Estados Unidos, Turquia, Sri Lanka, China, Itália, México, Índia, Japão, França, Tanzânia, Ucrânia, Rússia, Senegal, Etiópia, Paquistão, Romênia, Camarões, Áustria, Uruguai, República Checa e Argentina.
A feira foi aberta ontem pelo secretário-geral da Unctad, Rubens Ricupero, pelo diretor da United Nations Industrial Development Organization (Unido), Carlos Margarinos, e pelo secretário de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Roberto Jaguaribe.
Os três falaram da importância do investimento em tecnologia para que países mais pobres alcancem o desenvolvimento. "O comércio e o desenvolvimento se dá por meio de transferência de tecnologia", disse Margarinos.
Ele afirmou que a pesquisa dá suporte para o desenvolvimento da indústria e citou a baixa taxa de crescimento de produtividade média – 0,6% – que teve a América Latina nos anos 1990.
"A feira quer mostrar o que se pode conseguir no futuro com a tecnologia", disse Ricupero. Jaguaribe disse, porém, que o Brasil ainda explora pouco seu potencial na área. Ele afirmou que 50% a 60% dos recursos federais disponíveis para tecnologia não foram utilizados no ano passado.
"Vamos fazer um esforço para que esses recursos acumulados possam ser incorporados ao orçamento", disse.