São Paulo – O cônsul comercial do Egito em São Paulo, Mahmoud Mazhar, e o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, estiveram ontem (10) nas instalações da Electrometer, indústria de medidores de energia que deve começar a operar até o começo do ano que vem, em Sabará, no interior de Minas Gerais. A empresa tem capital egípcio e brasileiro. O investidor egípcio é o grupo Zaki El Sewedy, com 60%, e o brasileiro é a empresa Damp Electric, que tem 40% do negócio.
Mazhar ofereceu o suporte necessário do governo egípcio para a operação da empresa no Brasil. O mesmo fez Alaby, oferecendo o apoio necessário da Câmara Árabe. “O governo egípcio dá todo o suporte a empresas egípcias no exterior”, afirmou o cônsul. Os dois estiveram com o diretor-presidente da Electrometer, Assem El Shafei. Segundo Alaby, os empreendedores estão satisfeitos e têm boas perspectivas de negócios após o início das operações. As instalações já estão construídas, inclusive já possuem os equipamentos.
No começo, a indústria vai atender o mercado de medição de energia no Brasil e depois pretende também exportar para a América Latina. A empresa deverá produzir 700 mil medidores por ano. No anúncio da joint-venture, a companhia informou que vai produzir cinco tipos diferentes de medidores, mas que a empresa egípcia, que já atua no segmento, tem tecnologia para produzir mais de 10 tipos.
O grupo Zaki El Sewedy tem 15 empresas atuando em diferentes setores. O faturamento é de mais de US$ 100 milhões por ano. A companhia foi fundada em 1938 e essa é a sua primeira filial na América do Sul. Ela já tem, porém, operações fora do Egito, em países como Gana, Zâmbia, Etiópia e México. Já há egípcios trabalhando na fábrica no Brasil. É o caso de Omar M. Akel, egípcio que mora há cinco anos no Brasil e que foi contratado para atuar no Departamento de Marketing da Electrometer.
A visita à fábrica fez parte da programação da visita do cônsul e de Alaby ao estado de Minas Gerais. Na quarta-feira (9) eles participaram do seminário “Como Negociar com o Egito”, em Belo Horizonte, cuja organização foi feita pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), com apoio do consulado e Câmara Árabe. Após o seminário, que reuniu cerca de 20 empresários, Mazhar teve encontros com representantes de empresas interessadas em entrar no mercado egípcio.