São Paulo – Pela primeira vez a Mauritânia, país árabe situado na costa leste da África, recebeu uma missão de empresários brasileiros liderada pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira. O último destino da Missão ao Norte da África revelou boas possibilidades de negócios para os exportadores brasileiros, especialmente no segmento de cosméticos.
Segundo Fernanda Baltazar, executiva de negócios internacionais da Câmara Árabe, tanto o mercado doméstico quanto os de países fronteiriços têm demanda para produtos brasileiros. “Muitos empresários locais que conversaram com o grupo de brasileiros têm interesse em importar para abastecer a Mauritânia e os países próximos”, contou, acrescentando que, dentre esses, o Senegal possui maior demanda.
Na segunda-feira (23), os empresários brasileiros participaram de uma reunião na Câmara de Comércio local, em Nouakchott. Fernanda disse que cada empresário – são três as empresas que foram à Mauritânia: uma do mercado de carnes, uma de café e uma de cosméticos – fez uma breve apresentação de seu negócio, seguida de conversas com os mauritanos.
Na sequência, os empresários fizeram visitas técnicas a pontos de vendas e supermercados locais para conhecer melhor as particularidades do mercado mauritano. Por fim, a embaixada do Brasil em Nouakchott, uma das apoiadoras da viagem, organizou, na própria embaixada, uma rodada de negócios com empresários locais.
A agenda segue na terça-feira (24), último dia da Missão ao Norte da África. Estão agendadas novas visitas a supermercados e pontos de vendas e reuniões de negócios com potenciais importadores interessados.
A Missão
A executiva de negócios internacionais da Câmara Árabe classificou como positiva as duas semanas de viagem. A missão visitou Jordânia, Egito, Tunísia e Mauritânia. Segundo ela, foi importante para identificar oportunidades nesses mercados, em especial Jordânia e Mauritânia, ainda pouco explorados pelos brasileiros.
Ela destacou também a passagem pelo Egito: “Além de trabalhar potenciais negócios, no Egito os empresários puderam se aprofundar um pouco mais e discutir as questões regulatórias”, explicou Fernanda.
Como o acordo de livre-comércio entre Egito e o Mercosul entrou em vigor recentemente, as empresas egípcias têm grande interesse em comprar mais produtos do Brasil. Outro fator que impulsiona os negócios no país árabe é a própria economia local, que passar por uma fase de crescimento.