São Paulo – O Brasil aumentou em 82% as suas exportações de papel para os países árabes entre janeiro e julho deste ano. De acordo com dados obtido no Sistema de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a receita com vendas de papel para a região passou de US$ 23,3 milhões nos sete primeiros meses de 2008 para US$ 42,6 milhões nos mesmos meses deste ano. O país que mais comprou papel brasileiro, no mundo árabe, foi o Egito, que fica ao Norte da África.
O crescimento ocorreu na contramão do movimento que fez o setor como um todo no mercado externo. De acordo com dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), houve queda de 18,4% nas exportações nacionais de papel no primeiro semestre deste ano sobre o mesmo período em 2008. Também houve recuo de 3,9% na produção brasileira do produto até junho. O país produziu, no período, 4,5 milhões de toneladas. O segmento de celulose também teve queda na produção, mas aumento de exportação.
O mundo árabe importou do Brasil neste ano principalmente papel kraft e papel fibra. Além do Egito, compraram papel nacional no mundo árabe, neste ano, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Argélia, Líbano, Iêmen, Síria, Jordânia, Kuwait, Bahrein, Omã, Catar, Marrocos, Líbia, Tunísia, Mauritânia e Sudão. O Egito respondeu por quase a metade das importações: US$ 19,8 milhões. O país também fez um grande aumento de compras, de 84%, já que entre janeiro e julho de 2008 elas estavam em US$ 10,7 milhões.
De acordo com informações da Bracelpa, o setor pretende melhorar seus resultados no segundo semestre deste ano para manter-se no 12º lugar entre os produtores mundiais de papel e no quarto entre os fabricantes de celulose. A meta é produzir, em 2009, o mesmo volume que no ano passado, quando foram fabricados 12,7 milhões de toneladas de celulose e 9,4 milhões de toneladas de papel. O desempenho não muito positivo, registrado no primeiro semestre, reflete, segundo a associação, a crise econômica internacional.