São Paulo – O filme tunisiano ‘Meu Querido Filho’ estreia em 3 de janeiro nas salas de cinema do Brasil. O longa entrará em cartaz nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Salvador, Porto Alegre, Recife, Teresina, Aracaju, São Luís, Florianópolis, Brasília e Santos. O diretor do longa, também tunisiano, Mohamed Ben Attia, ficou conhecido pela obra “A Amante”.
O drama ‘Meu querido filho’ tem classificação indicativa de 12 anos e foi lançado mundialmente no Festival de Cannes, em maio, e foi muito bem recebido pela crítica. Com distribuição no Brasil da Pandora Filmes, o longa conta, ainda, com sessão de debate no dia 9, às 19h30, no Cinema da Caixa Belas Artes, em São Paulo. O evento tem apoio do Instituto da Cultura Árabe (ICArabe) e do jornal O Estado de São Paulo. A discussão contará com Salem Nasser, professor de Direito Internacional Fundação Getulio Vargas (FGV) e membro do ICArabe, além dos jornalistas Ubiratan Brasil, que cobre cultura e esportes, e Luiz Carlos Merten, crítico de cinema. Os ingressos serão distribuídos na bilheteria, a partir das 18h30.
Pais à procura de filhos
A produção conta a história da família de Riadh, e a esposa, Nazli, que têm as atenções voltadas para o único filho, Sami, que está se preparando para os exames do ensino médio. No entanto, o jovem que sofre de enxaqueca constante, desaparece quando parece estar melhor. A trama se passa na Tunísia atual e o trailer pode ser assistido aqui.
Em material divulgado pela produtora do filme, o diretor desvenda que o insight surgiu quando ele estava ouvindo uma rádio. “Relatos de pais que estavam à procura dos filhos que tinham se juntado ao Estado Islâmico começaram a se espalhar nas rádios, na televisão, nos jornais. Infelizmente, tornou-se quase que comum. Um dia, ouvindo um pai falando sobre sua história, realmente me afetou. Ele continuava repetindo: ‘meu filho’. Eu rapidamente percebi que o que me interessou mais não foram as razões que fizeram o filho sair, mas o ponto de vista dos que ficaram para trás: os pais dele que não viram isso chegando”, revelou Ben Attia.
Para o diretor, o pilar do longa é o chefe de família, Riadh, interpretado pelo ator Mohamed Dhrif. O desafio de Attia foi dar um rumo mais abrangente à história. “O mais difícil foi tentar não cair no maniqueísmo previsível: permanecer sutil e delicado. Eu queria evitar a opção óbvia de uma imediata condenação, mesmo que seja completamente legítima. Queria ir além do nível superficial do ódio, de raiva, embora, mais uma vez, seja completamente compreensível esse sentimento”, afirmou o tunisiano.
Serviço
Sessão debate do filme “Meu Querido Filho”
Dia 9 de janeiro, às 19h30
Caixa Belas Artes – Rua da Consolação, 2423 – São Paulo
Mais informações: (11) 2894-5781 / contato@caixabelasartes.com.br
Entrada gratuita