São Paulo – Representantes de empresas árabes do setor de fármacos e farmoquímicos se reuniram, nesta quinta-feira (07) com o diretor geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, na sede da instituição, em São Paulo. Nesta semana eles participaram de rodadas de negócios com fabricantes brasileiros de remédios na feira CPhI South America, que será encerrada nesta quinta-feira na capital paulista. Os importadores afirmaram que ficaram surpresos com a qualidade e a variedade de medicamentos feitos no Brasil e disseram que pretendem comprar produtos feitos no país nos próximos anos.
Ao fim das rodadas de negócios, a gerente de marketing da Unipharma, da Síria, Rufaida Ghanoun, afirmou que os contatos feitos com empresas brasileiras foram bons e que ela deverá continuar a negociar com pelo menos duas companhias nos próximos meses.
Vice gerente geral da representante de empresas de medicamentos Ibn Hayyan & Mohdar, do Iêmen, Osama M.H. Al-Kebsi afirmou que veio ao Brasil em busca de remédios para diversos tipos de doenças. “As reuniões foram uma boa oportunidade para conhecermos o setor no Brasil, mas as empresas brasileiras ainda têm pouca experiência no Oriente Médio. Acho que poderemos manter contatos e negociações e espero retornar ainda outras vezes”, afirmou.
Oito empresas árabes participaram das rodadas de negócios na feira CPhI. Os representantes vieram ao Brasil a convite da Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica e de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi), que promoveu as reuniões com empresas brasileiras. Neste projeto, a Abiquifi teve o apoio da Câmara Árabe que, por sua vez, selecionou as empresas e forneceu assistência aos visitantes.
O diretor geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, afirmou que a participação dos executivos na rodada de negócios e na feira poderá trazer “ações mais efetivas” no futuro. “Foi um projeto comprador promovido junto com uma feira do setor. Ou seja, além de conhecer os produtos, eles tiveram acesso às empresas e puderam ver o potencial do setor no Brasil”, disse.
Alaby reconheceu que as negociações no setor de medicamentos são longas porque os produtos dependem de aprovação de órgãos regulatórios do país de destino. Alaby observou que até esse desafio pode vir a ser uma oportunidade. “Se a importadora estiver interessada no produto, ela poderá ajudar a empresa brasileira a registrar seus remédios”, disse. Abrir portas neste setor, disse, é uma forma de diversificar a pauta de exportações brasileiras. Em 2013, os países árabes importaram US$ 18,5 bilhões em medicamentos. Desse total, US$ 11,5 milhões foram comprados do Brasil.
Serviço
CPhI South America
Expo Center Norte
Rua José Bernardo Pinto, 333, Vila Guilherme, São Paulo, SP
05 a 07 de agosto, até as 20h. As rodadas de negócios já se encerraram.
Informações: http://www.cphi-sa.com.br/pt/