Agência CNI
Florianópolis – Uma pesquisa realizada com indústrias catarinenses revelou que 80% delas pretendem ampliar os investimentos em inovação para ganhar competitividade, aumentar os lucros e reduzir custos. O levantamento foi realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) com o apoio Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina (IEL/SC).
Foram ouvidas 81 companhias de 17 setores industriais entre novembro de 2007 e fevereiro de 2008. Conforme a pesquisa, feita com empresas de pequeno (12%), médio (47%) e grande (41%) porte, para manter o crescimento e a competitividade são priorizados investimentos na inovação de produtos. O setor de máquinas, aparelhos e materiais elétricos lidera em inovação de produtos e em processos de gestão. Em seguida aparece o setor de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicação.
Segundo o estudo, 72% das empresas entrevistadas investem em atividades inovadoras, com destaque para a aquisição de máquinas e equipamentos (91%), pesquisa e desenvolvimento (88%) e infra-estrutura (82%). A pesquisa aponta ainda que 88% das indústrias planejam implementar ou aperfeiçoar a inovação até 2010.
O presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa, ressalta que os dados mostram a preocupação da indústria catarinense com a inovação. “Contudo, é necessário ampliar o número de empresas que contemplam a inovação continuada – e não de forma pontual – com vistas à melhoria da qualidade e competitividade”. Corrêa explica que é relevante para as empresas ter uma equipe definida para atuar com inovação.
Dentre as pesquisadas, 70% afirmam que utilizam recursos próprios para inovar, no entanto 95% delas revelaram ter conhecimento sobre agências de financiamento e fomento. Mais da metade das indústrias (56,7%) investe de 1% a 2,9% do faturamento anual em inovação. E 72% delas têm área de pesquisa e desenvolvimento (P&D) ou um grupo responsável por inovação.
Segundo os industriais, a aquisição de máquinas e equipamentos é importante no processo de inovação, com alto impacto nos negócios. Ao mesmo tempo o alto custo de aquisição dos aparelhos é visto como o principal obstáculo. O estudo aponta também que 94% dos entrevistados conhecem prestadores de serviços técnicos e tecnológicos. O mais citado, com 81%, é o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Santa Catarina (SENAI/SC). Em seguida vêm universidades com 70% e o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) com 63%.