São Paulo – A Mauritânia importou US$ 3,7 milhões em cimento brasileiro no primeiro quadrimestre deste ano. O cimento não é um produto tradicional da pauta de exportações do Brasil para os países árabes, mas no começo deste ano foram feitas algumas vendas do produto para países da Liga Árabe. Além da Mauritânia, também a Jordânia comprou cimento do Brasil, mas em valor bem menor: US$ 3,3 mil.
O tipo de cimento importado pela Mauritânia é do não pulverizado, também conhecido como clínquer. Ele é usado como matéria-prima para fabricar o cimento. Normalmente o cimento não é exportado para regiões muito distantes em função do preço baixo, que não compensa a exportação. A Mauritânia comprou, por US$ 3,7 milhões, 68 mil toneladas de cimento, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A compra, na verdade, respondeu por 10,7% de tudo o que a Mauritânia importou do Brasil, que somou US$ 34,5 milhões. O produto brasileiro mais comprado no primeiro quadrimestre deste ano pelo país árabe foi açúcar, com US$ 18 milhões, seguido de barras de ferro, com US$ 4,2 milhões. O terceiro foi o cimento. A Mauritânia aumentou em US$ 20,6 milhões as suas importações do Brasil nos primeiros quatro meses deste ano sobre o mesmo período de 2008. O acréscimo foi em 147%.
O Brasil tem uma indústria de cimento forte. A maior parte da produção, porém, é voltada ao mercado interno. A indústria vendeu, no mercado brasileiro, 15,6 milhões de toneladas de cimento no primeiro quadrimestre deste ano. O volume significou acréscimo de 0,5% sobre o mesmo período de 2008. No acumulado dos últimos doze meses até abril as vendas ficaram em 51,2 milhões de toneladas, com alta de 9,5%. O setor emprega 23 mil pessoas.