São Paulo – O Oriente Médio ganhou maior relevância entre os destinos das exportações do Minerva, frigorífico que está entre os três maiores exportadores brasileiros de carnes e que tem sede em Barretos, interior de São Paulo. A região, que teve participação de 19,2% na receita das vendas de carne in natura da empresa em 2008, passou para uma fatia de 25,6% no ano passado. As informações foram divulgadas à imprensa nesta terça-feira (2).
Se for levado em conta apenas o último trimestre do ano passado, a participação do Oriente Médio subiu ainda mais entre os clientes do Minerva. O frigorífico teve 36,8% da sua receita com exportações de carne in natura vinculado ao Oriente Médio nos últimos três meses de 2009 contra 19,2% nos mesmos meses de 2008. O presidente da empresa, Fernando Galleti Queiroz, ressaltou a diversificação geográfica das vendas ocorrida no ano passado. “Tivemos menos concentração de mercado”, falou ele em teleconferência.
No ano passado, o Minerva teve uma receita bruta de R$ 1,87 bilhão com exportações contra R$ 1,46 bilhões em 2008. Houve crescimento de 27,6%. A receita do último trimestre do ano, com mercado externo, ficou em R$ 453,2 milhões, com queda de 11,3% sobre o mesmo período de 2008, quando estava em R$ 510, 7 milhões. Houve movimento similar na receita bruta geral consolidada da empresa. Ela ficou em R$ 2,7 bilhões em 2009, com alta de 20,1% sobre o ano anterior, e em R$ 727,2 milhões no trimestre, com queda de 1,5%.
No ano passado, o Oriente Médio foi a região do mundo que mais importou carne in natura do frigorífico Minerva. A segunda maior importadora foi Américas, com 19,7%, a terceira foi a Comunidade dos Estados Independentes (CIS, antiga União Soviética), com 18,9%, a quarta a Ásia, com 11,6%, a quinta a Europa, com 11,4%, e a sexta a África, com 7,8%. Outros países responderam por 5,1% das vendas externas. A África, onde também há países árabes, teve queda de participação, já que em 2008 a sua fatia era de 12,8%.
De acordo com Queiroz, o bom desempenho da empresa, no final de 2009, foi reflexo da maturação de investimentos feitos em anos anteriores, além de maior rentabilidade das operações, em função da racionalização pela qual passou a indústria do segmento, da gestão de risco feita e dos esforços para melhorar a escala e os preços. Ele afirmou que para 2010 a empresa espera crescimento da demanda por proteína animal, sobretudo em países em desenvolvimento. O Minerva também pretende investir em distribuição, tanto no mercado interno quanto no mercado externo.