Da redação
São Paulo – Com o objetivo de renovar os acordos bilaterais de erradicação da febre aftosa no continente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento participa desde ontem em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, da 31ª Reunião Ordinária da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), que se estende até amanhã.
O diretor do Departamento de Defesa Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária (DDA), Jorge Caetano, diz que o encontro anual servirá para confirmar os acordos bilaterais assinados entre os países do continente nos encontros anteriores e para definir novas estratégias de combate à doença.
Durante o encontro, que conta com o apoio do Centro Pan-americano de Febre Aftosa (Panaftosa), será realizado o “Seminário Internacional sobre a Regionalização dos Programas de Erradicação de Doenças e Facilitação do Comércio Internacional”. Também representam o ministério no evento o diretor substituto do DDA, Jamil Gomes de Souza, e o delegado federal da Agricultura no Mato Grosso, Paulo Bilégo.
No mês passado, o ministro Roberto Rodrigues afirmou que a erradicação da aftosa no Brasil exige medidas como fortalecer os serviços de atenção veterinária, envolver mais profundamente o setor privado nos programas de combate à doença e atuar de forma integrada com os vizinhos sul-americanos. Na última campanha nacional de vacinação, foram imunizados cerca de 94% do rebanho brasileiro de 183 milhões de cabeças, segundo dados do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA).
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconhece que cerca de 91% do rebanho bovino brasileiro está livre da doença. Desde 2001 não são registrados casos de aftosa no Brasil.
Como parte do processo de liderança ao combate da doença na América do Sul, o governo brasileiro doou cerca de 1 milhão de vacinas contra a febre aftosa à Bolívia e outras 500 mil ao Paraguai. As doações, que custaram R$ 1,4 milhão, reafirmaram o compromisso do Brasil de intensificar a cooperação sobre o controle sanitário e fitossanitário no Cone Sul.