São Paulo – A indústria gaúcha de calçados femininos Status está ampliando o número de clientes no Oriente Médio. A empresa exporta para quatro lojistas na região, dois nos Emirados Árabes Unidos e dois no Kuwait, e conseguiu dois novos clientes a partir da participação na Expo Riva Schuh, feira do setor que ocorreu neste mês na Itália. Os novos compradores são também dos Emirados e Kuwait, segundo Juliana Land Behrend, sócia da Cosmopolitan, empresa de representação comercial que trabalha para a Status.
A Status tem fábrica em Igrejinha, no interior do Rio Grande do Sul, e a Cosmopolitan fica em Novo Hamburgo, pólo de produção de calçados na Grande Porto Alegre, capital do estado. A Status fabrica calçados com a marca Capelli Rossi e exporta tanto os produtos com marca própria quanto com a marca do cliente. Para o mundo árabe são enviados calçados nas duas modalidades. De acordo com Juliana, as vendas para os Emirados começaram há cerca de um ano e para o Kuwait há cinco anos.
Juliana explica que os calçados comprados pelos árabes não seguem o mesmo perfil dos enviados para a Europa. “Não são clássicos, têm mais saltos, plataformas, são mais abertos, têm brilho, são de verão”, diz a empresária. O último cliente conquistado nos Emirados, por exemplo, comprou apenas plataformas – ao redor de mil pares.
Já um dos clientes antigos dos Emirados também tem loja no Cazaquistão, então adquire botas forradas pêlo de ovelha, pois o inverno é rigoroso no país. Na Expo Riva Schuh, a Status também vendeu entre 800 e 900 pares a um novo cliente do Kuwait.
Segundo Juliana, o gosto dos clientes árabes, para calçados, é mais parecido ao brasileiro do que ao europeu. Mas é similar ao calçado de classe média e alta usado no Brasil e não os mais populares.
A Status, explica a sócia da Cosmopolitan, desenvolveu para a coleção verão – que agora está sendo vendida aos lojistas – modelos mais arrojados e isso, segundo Juliana, ajudou a ampliar o número de clientes no mundo árabe. A empresa vai esperar, inclusive, a visita de mais importadores árabes durante a Francal, feira do segmento que vai acontecer em agosto, em São Paulo, e que, assim como a Expo Riva Schuh, apresenta a coleção verão.
Juliana afirma que os árabes não representam muito nas exportações da Status, mas ela acredita nas possibilidades de crescimento deste mercado para a fábrica de Igrejinha. A empresa chegou a exportar também, quando o câmbio era mais favorável à exportação, no começo desta década, para Omã e Arábia Saudita. “É um mercado muito bom de trabalhar, negociamos com eles há anos e nunca tivemos problemas. São clientes muito honrados”, explica Juliana.
Atualmente, 80% da exportação da Status vai para Europa. A empresa tem 34 anos e produz mil pares de calçados ao dia. Ela é uma empresa de médio porte. A Cosmopolitan atende, além da Status, outras quatro empresas de calçados. Ela atua como representante comercial das empresas nos mercados da Europa, Oriente Médio, Ásia e Oceania.
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