Da redação
São Paulo – O Acre foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de aftosa com vacinação. É a 16º unidade da federação brasileira a obter o status internacional. O Acre já era considerado zona livre de aftosa com vacinação pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A OIE tomou a decisão durante sua sessão anual, que terminou no final da última semana, em Paris. Com isso, o Acre está apto a comercializar qualquer tipo de carne, e inclusive animais em pé, para o mercado externo. Antes do reconhecimento, o estado podia vender fora do país apenas carnes enlatadas, desossadas e maturadas.
Com um rebanho bovino de 1,9 milhão de cabeças e um abate de cerca de 300 mil animais por ano, o estado fatura cerca de R$ 300 milhões com a venda de animais vivos para os frigoríficos. O Acre é o segundo estado da região norte do Brasil a obter o reconhecimento de zona livre com vacinação. O primeiro foi Rondônia, em 2003.
Além de abrir as portas do mercado internacional para a carne do estado, o novo status também deve trazer investimentos para a pecuária do Acre. O estado tem o chamado "boi verde", alimentado com pasto e criado livre, sem confinamento.
Durante a sessão da OIE, que reuniu representantes de 160 países na semana passada, os municípios amazonenses de Guajará e Boca do Acre também foram reconhecidos como livres de aftosa com vacinação.
A meta do Brasil é ter todo o território reconhecido como livre de aftosa com vacinação até o final de 2006. O número de vacinas aplicadas contra a doença deve chegar a 370 milhões neste ano. O Brasil fatura anualmente US$ 2,5 bilhões com exportações de carne bovina por ano.